Em relação ao encontro com o [Rafael] Nadal, como já devem saber foi a primeira vez que o João o defrontou em torneios ATP. Já tivemos várias vezes a oportunidade de treinar com ele e já o conhecíamos, mas na competição é tudo bem diferente.
Não conseguimos preparar o jogo da melhor maneira assim como chegar nas melhores condições, visto que o João jogou o último jogo do campo central no dia antes contra o espanhol Albert Ramos. O jogo acabou cerca da meia-noite, tivemos de fazer recuperação, falar do jogo, jantar e até começar a descansar já eram 3h da manhã. Tivemos jogo à noite com o Nadal mas não conseguimos recuperar igual. O João sentia-se menos forte fisicamente, mas o entusiasmo de jogar no campo central contra o melhor do mundo ajuda a esquecer estas coisas. Porém, não foi suficiente. Só resta dar os parabéns ao Nadal pelo excelente jogo que fez, a esse nível mesmo estando nas melhores condições era complicado mas o resultado seguramente seria diferente.
Conseguimos retirar muitas ilações do jogo, contra estes jogadores é mais fácil ver o que temos de melhorar visto que são capazes de nos colocar em situações de defesa mais vezes, assim como a velocidade de bola é superior.
Em Acapulco, a semana começou algo atribulada, visto que chegámos aquela localidade sem malas. Perderam-nas no aeroporto. Tivemos de fazer os primeiros treinos sem roupa, digamos, que apenas chegou dois dias depois. O João leva sempre consigo as raquetes, dentro do bolso do saco das raquetes um par de ténis e uma muda de roupa para treinar já para salvar estas situações que, apesar de não serem frequentes, há que estar sempre atento porque podem acontecer. Conseguimos salvar a situação…mas foi incómodo…
Relativamente ao jogo diante do Andy Murray, o João já o tinha defrontado [em 2013 no Open da Austrália] e foi diferente. Já tínhamos recuperado do dia anterior e as sensações eram bem melhores.
Temos vindo a trabalhar no sentido do João colocar mais agressividade no seu jogo e foi isso que aconteceu. Apesar do resultado final não ter sido o mais positivo visto que fomos eliminados, é certo que fomos capazes de criar muitas situações de defesa ao Andy coisa que não aconteceu na Austrália o ano passado. O João foi superior em muitas situações do encontro e isso só demonstra que está no bom caminho para escalar mais posições no ranking.