França e Bélgica. Terminado mais um fim de semana emocionante, são estas as duas equipas apuradas para a grande final da Taça Davis, que será disputada entre os dias 24 e 26 de novembro em solo gaulês. Mais do que isso, será jogada e escrita na língua francesa.
França 3-1 Sérvia
À entrada para a derradeira jornada, uma vitória bastava e foi isso que aconteceu: Jo-Wilfried Tsonga confirmou o favoritismo para o embate contra Dusan Lajovic e triunfou ao cabo de quatro partidas sobre o número um sérvio.
Depois de um início tremido, no qual somou apenas dois jogos, o principal tenista gaulês esmerou-se para dar a volta ao resultado, tendo conseguido isso sem grandes problemas, à exceção do terceiro set, para fixar o marcador final em 2-6, 6-2, 7-6(5) e 6-2.
Com a contenda selada, tanto França como Sérvia optaram por não disputar o quinto e último duelo, para o qual estavam escalonados Lucas Pouille e Laslo Djere. A equipa gaulesa parte agora em busca do seu 10.º título, sendo que desde 2001 que não conquista a mítica “saladeira”.
Bélgica 3-2 Austrália
Ao contrário do que aconteceu em Lille, a Bruxelas não faltou emoção durante todo o fim de semana. Numa eliminatória entre duas equipas muito equilibradas, a Austrália conseguira ganhar vantagem à chegada à jornada de domingo e, podia-se dizer, estava em posição confortável para pensar numa presença na final, com Nick Kyrgios a ter algum favoritismo sobre David Goffin.
Só que na Taça Davis, já se sabe, o favoritismo pouco ou nada quer dizer. Que o digam as milhares de pessoas que encheram o Palais 12 e que, no final do dia, acabaram em grande, isto é, a festejar. Mas como?
Tudo começou com uma fantástica reviravolta de David Goffin (que no final viria mesmo a falar deste como um dos seus melhores encontros de sempre na competição). Se o primeiro set caiu para o lado do irreverente Kyrgios, nos seguintes o “pequeno grande” guerreiro conseguiu jogar a outro nível e encurtar distância, até que a dado ponto começou mesmo a dominar o encontro e a anular as investidas do melhor jogador australiano da atualidade. Assim, o resultado final fixou-se em 6-7(4), 6-4, 6-4 e 6-4 a favor do tenista da casa.
Depois, depois era o tudo ou nada para ambas as equipas. E se do lado belga já se sabia que seria Steve Darcis o escolhido, do australiano o capitão Lleyton Hewitt procedeu a (mais) uma alteração de última hora: Jordan Thompson substituiu John Millman para tentar a surpresa. Sem efeito, porque um Darcis endiabrado jogou um dos encontros da sua vida para vencer, por por 6-4, 7-5 e 6-2, e completar uma reviravolta que tão cedo o desporto belga não esquecerá.
Final da Taça Davis vai ser jogada e falada na língua francesa
Com França e Bélgica apuradas para a final da Taça Davis, a competição rumará a solo gaulês entre os dias 24 e 26 de novembro, isto porque o último encontro entre as duas seleções se realizou em território belga.
À entrada para esse confronto, os cenários serão bem diferentes: enquanto a França já ganhou o torneio por nove vezes, a última das quais em 2001 (mais recentemente chegou à final em 2014), a Bélgica está pela terceira vez na final (1904, 2015 e, agora, em 2017) e estará em busca do seu primeiro troféu de campeã.
