O irreverente Nick Kyrgios é o primeiro jogador do circuito a defender, publicamente, a redução do número de cabeças de série em torneios do Grand Slam de 32 jogadores para apenas 16.
O plano da Federação Internacional de Ténis passa por (re)implementar a medida a partir da temporada de 2019. Mas se a mudança acontecesse já nesta edição do Australian Open, Kyrgios ficaria de fora da lista de favoritos por uma posição. Um cenário que, no entanto, não chateia o australiano — muito pelo contrário.
“Adoro a ideia. Isso tornará a primeira semana [dos torneios do Grand Slam] muito mais interessante. Especialmente porque os favoritos podem não ter um quadro tão favorável”, afirmou o tenista australiano no dia em que conquistou pela primeira vez um torneio em casa.
O atual número 21 da hierarquia mundial imaginou inclusive um cenário possível num futuro próximo: “Poderemos ter, por exemplo, eu a jogar contra o Novak [Djokovic] na primeira ronda e… quem sabe.” Espantados, os jornalistas presentes na conferência de imprensa que se sucedeu à vitória sobre Ryan Harrison perguntaram-lhe se isso não o incomodaria, mas também aqui o australiano surpreendeu na resposta: “Estaria 100% ok com isso. Nunca perdi contra ele.”
E tem razão: nos dois duelos disputados entre ambos, praticamente “seguidos”, Nick Kyrgios não só saiu sempre de campo com a vitória como não cedeu um único set para o tenista sérvio. Na verdade, tem sido precisamente contra os principais nomes do circuito que o “rebelde” australiano mais se destaca. Exemplo perfeito foi o encontro das meias-finais desta semana, em Brisbane, em que derrotou o número 3 mundial Grigor Dimitrov.
