Não há Murray mas há Edmund: a maior esperança britânica em Wimbledon entrou a ganhar

Kyle Edmund W
Fotografia: AELTC/Joel Marklund

É um cenário estranho no panorama do ténis britânico. Pela primeira vez num largo período de tempo as esperanças do público da casa em Wimbledon não assentam nas costas de Andy Murray. No seu lugar enquanto líder das hostes do Reino Unido surge agora Kyle Edmund, um talento que promete secar as lágrimas de todos aqueles que choram a ausência do seu ícone.

O primeiro passo está dado. Edmund — que se apresenta no All England Club como o melhor tenista britânico da atualidade –, levou de vencida o australiano Alex Bolt (204.º) num encontro onde se mostrou largamente dominador acabando por triunfar em sets consecutivos.

Nas duas primeiras partidas do duelo o jogador de 23 anos surgiu determinado e levou a cabo uma tomada de posição. Inquebrável e avassalador, efetuou quatro quebras ao serviço do adversário que por sua vez assistia sem argumentos ao poderio do eventual vencedor. Do outro lado da rede, Bolt não chegava a dispor de um único break point.

Com o marcador a apresentar 2-0 e Edmund com um pé e meio na segunda ronda, finalmente o atleta menos cotado dá o ar da sua graça. Num set claramente mais equilibrado, Bolt alcança o break ao quinto jogo chegando inclusivamente a necessitar apenas de um jogo de serviço para forçar uma quarta partida.

Contudo, nesse preciso momento Edmund volta a trazer ao de cima o seu domínio negando categoricamente as intenções do adversário. Na oportunidade seguinte voltou a quebrar o saque de Bolt fechando assim a contenda nos parciais de 6-2, 6-3 e 7-5 ao cabo de uma hora e quarenta e cinco minutos.

Atualmente na 17.ª posição da hierarquia mundial (a sua melhor de sempre), Edmund repete, para já, a prestação da edição transata em que atingiu precisamente a segunda ronda do Major britânico (cedeu para Gael Monfils).

O próximo adversario sairá do confronto que coloca frente a frente o japonês Yuchi Sugita (69.º) ao norte-americano Bradley Klahn (168.º). À hora da conclusão deste artigo, Klahn encontra-se em vantagem por 2-6, 7-6(5) e 6-2.

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