Nem a mudança de palco perturbou um Rafael Nadal já bem engrenado

PARIS, FrançaRafael Nadal pode ser o recordista de títulos em Paris, mas nem isso lhe vale o estatuto de intocável. Esta quarta-feira, dia de segunda ronda, foi relegado para o Court Suzanne-Lenglen, o segundo maior palco do Stade Roland-Garros, que, como seria de esperar, ficou à pinha (para o Court Philippe-Chatrier ficaram os encontros entre Jo-Wilfried Tsonga-Kei Nishikori e Roger Federer-Oscar Otte).

Mas nem isso o perturbou: 6-1, 6-2 e 6-4 foram os parciais de uma vitória que pareceu desenhada antes sequer de entrar em ação — ou não se tratasse este do seu jardim.

Frente a frente com um tenista alemão oriundo do qualifying pela segunda vez consecutiva, Rafael Nadal voltou a estar praticamente irrepreensível. A fórmula? A mesma de sempre: aplicar tanta intensidade quanto possível ao jogo e assim começar desde o início a fazer mossa no adversário — desta vez Yannick Maden, número 114 do mundo —, que a cada ponto deu mais um passo atrás no terreno.

Sem armas para uma batalha desta exigência, Maden revelou-se presa fácil e só aos 34 minutos conseguiu deixar pela primeira vez rasto no marcador, ao segurar um jogo de serviço que lhe permitiu evitar um sempre desagradável 6-0 a abrir o encontro.

Mas Nadal depressa voltou à carga e o segundo set começou logo com o espanhol a quebrar, novamente, o serviço do alemão, que em todo o encontro acabou por ter como únicos pontos altos as quebras de serviço conquistadas ao quinto jogo e sétimo do parcial seguinte. A resposta quer numa, quer noutra ocasião? O contra-break de Nadal, que desagradado com a situação voltou à carga e selou o triunfo em 129 minutos, com um total de 43 winners (quase 50% dos 90 pontos que acabou por vencer) contra apenas 15 do adversário.

Chegado à terceira ronda, o campeão de 2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017 e 2018 já sabe que vai ter como adversário o belga David Goffin, 27.º cabeça de série, que superou o ex-número um mundial de juniores Miomir Kecmanovic em parciais diretos.

Moutet surpreendeu logo ali ao lado

Se Rafael Nadal foi “empurrado” para o Court Suzanne-Lenglen, numa jornada recheada de grandes nomes o jovem da casa Corentin Moutet só teve direito ao court 7 e foi lá que brilhou: perante o recordista de vitórias em terra batida este ano (21), Guido Pella, o jogador da casa — que é o número 110.º do mundo — esteve quase sempre irrepreensível e acabou por vencer por 6-3, 6-1, 2-6 e 7-5. Não fossem os nervos, poderia até ter fechado a tarefa mais cedo, uma vez que esteve a vencer por 5-0 no parcial decisivo (e teve dois match points ao 5-3).

Última atualização às 14h51.

Total
0
Shares
Total
0
Share