Já dizia o ditado que “o bom filho à casa torna” e assim foi.
Dois anos depois, Andy Murray voltou a jogar no All England Club e voltou a ser feliz — mas desta vez na variante de pares.
Ainda a recuperar de uma milagrosa operação à anca, que lhe permitiu regressar aos courts quando o fim da carreira já parecia um dado adquirido, o por duas vezes campeão de singulares apostou nos quadros de pares (também vai jogar a variante mista, com Serena Williams) e entrou com o pé direito ao lado de Pierre-Hugues Herbert, um ex-campeão nesta variante: 4-6, 6-1, 6-4 e 6-0 foram os parciais da vitória sobre Marius Copil, da Roménia, e Ugo Humbert, de França.
Depois de um regresso feliz no Queen’s Club, onde conquistou o título ao lado de Feliciano López, Andy Murray teve uma passagem fugaz pelo torneio de Eastbourne — jogou e perdeu com Marcelo Melo na eliminatória de estreia. Esta quinta-feira, já no All England Club, a aventura não começou bem, mas o britânico e o francês foram a tempo de emender — e bem — a situação num No. 1 Court que chegou a suspender a ação por minutos para que fosse fechada a recém-inaugurada cobertura, não fosse o duelo prolongar-se em demasia e faltar luz natural.
O triunfo somado no início de noite desta quinta-feira coloca Andy Murray e Pierre-Hugues Herbert na segunda ronda, onde terão como adversários os sextos pré-designados Nikola Metic e Franco Skugor. Recorde-se que o tenista gaulês tinha decidido reduzir a quantidade de torneios disputados na variante de pares durante os próximos meses, mas não resistiu ao convite do britânico para entrar em ação neste evento.
A decisão deixou Nicolas Mahut — o habitual parceiro de Herbert, com quem conquistou os quatro torneios do Grand Slam — desapontado, mas os dois continuam a ter como grande objetivo de carreira conquistarem o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no verão de 2020.
