ATP e WTA finalmente decididos: apoios só até ao top 500 e com um máximo de 10 mil dólares

O Programa de Apoio aos Jogadores (“Player Relief Programme”) criado pelas associações responsáveis pelos circuitos internacionais masculino (ATP) e feminino (WTA) foi confirmado a 21 de abril e ligeiramente detalhado a 5 de maio, mas só este domingo foram comunicados aos jogadores os termos e valores do plano de resposta às dificuldades causadas pela pandemia do coronavírus, mais de dois meses depois do mundo do ténis ter sido colocado em suspenso.

Ponto assente: quer a ATP, quer a WTA decidiram que os apoios só serão dados aos jogadores entre a 101.ª e a 500.ª posição dos rankings de singulares ou entre o 51.º e o 175.º lugares de pares.

A informação foi revelada pelo website Open Court, que detalhou os valores e os critérios definidos pelas entidades — e referiu ainda que os apoios só deverão ser estendidos a mais jogadores (inicialmente foi apontada a possibilidade de abrangerem os 700 primeiros dos rankings) caso a Federação Internacional de Ténis (ITF) se chegue à frente com mais dinheiro.

No circuito masculino serão feitos dois pagamentos de 4,325 dólares aos jogadores que estejam entre o 101.º e o 500.º lugares do ranking de singulares e dois pagamentos de 2,165 dólares aos que figuram entre o 51.º e o 175.º postos de pares. As exceções são os jogadores que estão suspensos e aqueles que ganharam pelo menos 250 mil dólares no último ano ou pelo menos 1 milhão de dólares nos últimos quatro — caso, por exemplo, de Andy Murray, que apesar de ocupar o 129.º lugar já ganhou mais de 60 milhões só dentro do court.

No circuito feminino não haverá qualquer distinção entre jogadoras especializadas em singulares ou pares, mas há requisitos ao nível de torneios disputados: o maior cheque a ser passado será de 10.400 dólares, igualmente pago em dois momentos. De acordo com Aleksandra Krunic, do conselho de jogadoras, as tenistas também decidiram, de forma unânime, apoiar “apenas” as que se encontram entre as 101.ª e 500.ª posições do ranking de singulares e as 50-175 em pares. Para receberem o cheque completo, as jogadoras terão de ter competido em pelo menos seis torneios WTA e/ou Grand Slams nos últimos 12 meses; se tiverem menos participações deverão receber metade do valor indicado. Ficam isentas deste plano de ajuda as que receberam pelo menos 350 mil dólares em prize money nos últimos 12 meses, 1,4 milhões de dólares nos últimos quatro anos ou pelo menos 3,5 milhões de dólares ao longo da carreira.

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