Gastão Elias: “Se tinha dúvidas em relação à derrota mais dura da minha carreira, é claramente esta”

Um ponto. Um ponto separou Gastão Elias do apuramento para o quadro principal do US Open no regresso aos torneios do Grand Slam e após a derrota (6-2, 4-6 e 7-6[6]) para Alex Molcan o tenista português não hesitou em definir a derrota desta sexta-feira como “a mais dura da minha carreira”, mas também deixou de parte as emoções do momento para fazer um balanço positivo do regresso aos grandes palcos.

“É um encontro bem complicado de digerir. Se tinha dúvidas em relação à derrota mais dura da minha carreira, agora é claramente esta”, começou por admitir ao Raquetc pouco depois de ficar à porta do quadro principal em Nova Iorque, precisamente três anos depois de ter participado pela última vez num torneio desta dimensão.

“A parte final foi dura. Há sempre o nervosismo de querer entrar num torneio do Grand Slam, também há muito dinheiro em jogo, mas não é nada que eu nunca tenha experienciado e portanto já sabia o que me esperava se chegasse àqueles momentos”, acrescentou, referindo-se às vantagens desperdiçadas no terceiro set (serviu para fechar o encontro a 5-4 e pouco depois teve dois match points no tie-break).

“Infelizmente não consegui jogar bem nos momentos finais. Fui um pouco mais agressivo do que ele, que foi mais conservador e infelizmente hoje foi isso que deu resultado. Tinha na minha cabeça que se chegasse àquele ponto no encontro ia querer lidar com ele de maneira agressiva e ofensiva e não na defensiva e foi o que tentei fazer, mas infelizmente não correu bem”, contou Gastão Elias, que apesar da desilusão garantiu não precisar de alguns dias para olhar de forma positiva para esta semana. “Não posso deitar fora o que fiz esta semana. Apesar de ter estado por duas vezes a um ponto de conseguir mais uma vitória e de voltar aos quadros principais não posso deixar de achar que foi uma semana positiva. Há duas, três semanas estava hesitante em vir aqui, porque esta seria uma semana com Challengers a fechar muito fracos, mas tomei esta decisão e acho que foi a acertada.”

Ainda em relação ao duelo com Alex Molcan, o tenista português de 30 anos afirmou que “depois do primeiro set achei que ia ter muitas dificuldades porque ele não me estava a dar hipóteses e eu não encontrava soluções, mas consegui colocar-me na situação de poder ganhar o jogo, por isso pondo tudo isto numa balança obviamente que foi muito positivo.”

E agora… Algum descanso. Convocado pelo capitão Rui Machado para a próxima eliminatória de Portugal na Taça Davis, Gastão Elias apontou como decisão mais provável juntar à desistência do Challenger de Como, em Itália, a do Challenger de Banja Luka, na Bósnia e Herzegovina, e “descansar o cotovelo” de uma lesão que “não é grave” para regressar à competição nos dias 18 e 19 de setembro em Cluj-Napoca vestido com as cores da seleção portuguesa.

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