Tsitsipas derrota Murray em 4h48 numa abertura eletrizante do US Open (com alguma polémica)

Sloane Stephens e Madison Keys reeditaram a final de há quatro anos na primeira ronda, Brandon Nakashima serviu o primeiro balde de água fria (ainda que entre compatriotas) ao surpreender o favorito John Isner, Coco Gauff teve de suar para seguir em frente e Carla Suárez Navarro despediu-se, mas independentemente do que pudesse acontecer nas primeiras horas do primeiro dia sabia-se que o prato forte da jornada inaugural do US Open 2021 seria o duelo entre Stefanos TsitsipasAndy Murray. O que não se esperava era que ganhasse contornos tão extravagantes: foram necessárias 4h48 para o grego confirmar o favoritismo e derrotar o britânico por 2-6, 7-6(7), 3-6, 6-3 e 6-4.

10 dias depois de ter sido apupado em Cincinnati no dia em que foi acusado por Alexander Zverev de recorrer ao telemóvel para comunicar com o pai/treinador numa fase crítica do encontro, Tsitsipas voltou a ser alvo de fortes críticas. Desta vez, Murray acusou-o de “fazer batota” devido às longas ausências do court após os segundo e quarto sets — ambos em momentos críticos, uma vez que no segundo o britânico chegou a dispor de set points e o quarto permitiu ao grego manter-se no encontro.

Campeão em 2012, Murray impressionou pela resistência e pela consistência que apresentou ao longo das quase cinco horas de encontro e que lhe permitiram ficar perto de somar a melhor vitória dos últimos anos, ou não tivesse ele estado a apenas um ponto de se colocar a vencer por dois sets a zero. Aos 34 anos, e com uma anca de metal, o ex-número um mundial manteve-se taco a taco com Tsitsipas do primeiro ao último parcial, no qual lhe pode ter custado caro não ter sabido deixar para trás a contestação em relação à pausa do adversário — foram várias as ocasiões em que, entre pontos ou em trocas de lado, Murray manifestou o seu desagrado para com o supervisor do torneio, Gerry Armstrong, que acompanhou os momentos decisivos numa das laterais do court.

A conjugação dos acontecimentos resultou num dos apertos de mão mais frios da carreira de Andy Murray, que saiu cabisbaixo do mesmo Artur Ashe Stadium onde, breves instantes depois, Stefanos Tsitsipas não escondeu o nervosismo de ser assobiado pelo público na abordagem à tímida entrevista em court.

Última atualização às 00h59.

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