A conquista de Raducanu no US Open “não foi boa para o ténis”, aponta Flavia Pennetta

O conto de fadas de Emma Raducanu em Flushing Meadows parece não ter agradado a todos. Para Flavia Penneta, antiga número seis do ranking mundial e vencedora de 11 títulos WTA, a caminhada de sonho da jovem britânica, que culminou com o título de campeã do US Open, comprovou a falta de consistência do circuito feminino e não terá sido benéfica para a modalidade.
“Não gosto disso. O que está a acontecer, esta grande irregularidade, não é boa para o ténis. No meu tempo, jamais teria sido possível uma rapariga como Emma Raducanu, vinda do qualifying, vencer em Nova Iorque um Grand Slam. As jogadoras de topo fazem muita diferença, há qualquer coisa de errado. Não existe carisma, por isso é que o ténis feminino não é tão atrativo”, expressou a ex-tenista de 39 anos e esposa de Fabio Fognini, em declarações prestadas ao diário italiano Corriere della Sera.
E se o panorama masculino se mantém maioritariamente controlado pelo Big Three, no feminino a nova geração tem vindo a assumir a passagem de testemunho e existe maior propensão para estes fenómenos censurados por Pennetta. Não só Raducanu se evidenciou no duelo de teenagers da final do US Open: também a finalista vencida Leylah Fernandez, de 19 anos passou de desconhecida a astro do circuito.
Enquanto a variante feminina da modalidade apresenta um historial de inconstância definido por 15 vencedoras distintas nas últimas 20 edições de provas do Grand Slam (num período em que brotaram novos ícones do WTA Tour, como Bianca Andreescu, Iga Swiatek ou Sofia Kenin), a NextGen masculina continua a não conseguir impor-se nos grandes palcos (com exceção feita aos títulos de Dominic Thiem e Daniil Medvedev, no US Open).
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