Botic van de Zandschulp começou a temporada a ultrapassar o qualifying do Australian Open e repetiu o feito em Roland-Garros, mas foi no US Open que se destacou verdadeiramente ao surpreender tudo e todos com uma caminhada até aos quartos de final que o catapultou até ao top 100 mundial (é o 69.º classificado) e lhe deu novas oportunidades. E aos 26 anos o holandês está a agarrá-las ao máximo, tendo carimbado o apuramento para as primeiras meias-finais da carreira em torneios do circuito ATP com a sua melhor vitória de sempre, sobre o grande favorito Andrey Rublev em São Petersburgo.
Tal como em Melbourne, Paris, Nova Iorque e até em Indian Wells, Van de Zandschulp teve de começar a semana no qualifying, mas aproveitou essa condicionante para ganhar ritmo e confiança e esta sexta-feira demonstrou toda a sua qualidade ao carimbar a vitória sobre o número seis mundial (e campeão em título) por 6-3 e 6-4.
Apesar da vitória ter sido carimbada em dois sets, tudo levava a crer que o tenista da casa ia forçar um parcial decisivo e porventura desenhar uma recuperação, mas Rublev perdeu a concentração e a partir do momento em que se colocou a liderar por 4-2 não venceu mais nenhum jogo, dividindo a frustração por vários momentos dos jogos que se seguiram.
Nas primeiras meias-finais da carreira, Botic Van de Zandschulp vai defrontar o croata Marin Cilic, que uma semana depois de ter jogado a final do ATP 250 de Moscovo derrotou o espanhol Roberto Bautista Agut por 6-4, 3-6 e 6-2 em mais de 2h30 para se colocar a um triunfo de atingir uma segunda final consecutiva em solo russo.
A outra meia-final de São Petersburgo será discutida entre o alemão Jan-Lennard Struff (que somou a quinta vitória em sete encontros sobre Denis Shapovalov ao vencer o canadiano por 6-4 e 6-3) e o norte-americano Taylor Fritz, único cabeça de série ainda em competição, que superou o australiano John Millman pelos parciais de 6-4 e 6-2.
