Um ano depois de ter terminado a temporada de 2020 com os títulos no Masters 1000 de Paris e no ATP Finals de Londres, Daniil Medvedev regressou este fim de semana à capital francesa para preparar a primeira de duas defesas dos títulos e na conferência de antevisão teceu críticas à extensão da temporada tenística.
“O ténis é o único desporto em que se compete durante 11 meses. No dia 5 de dezembro posso estar a jogar a final da Taça Davis pelo meu país e a 26 ou 27 é suposto já estar na Austrália para preparar a ATP Cup. Isto é muito exigente não só para o corpo, mas também para a cabeça”, explicou o atual número dois mundial, que ainda tem a possibilidade de terminar 2021 como número um (esse “troféu” será atribuído de acordo com a Race to Turin, isto é, a tabela que apenas contabiliza os pontos conquistados este ano).
“Depois da Taça Davis vou tirar uma semana de férias e depois terei duas semanas de pré-temporada para me preparar para o Australian Open. Não é a melhor das preparações e poderia ficar horas a falar sobre isto. Seria ótimo termos uma temporada mais curta”, acrescentou Medvedev, que este ano já conquistou quatro títulos — os ATP 250 de Marselha e Maiorca, o Masters 1000 do Canadá e o US Open.
Na antevisão ao torneio de Paris-Bercy, Medvedev também voltou a ser questionado sobre o arranque da temporada e os respetivos requisitos que serão ou não necessários para viajar até à Austrália, optando uma vez mais por uma resposta conservadora: “Quero deixar claro que quero manter em segredo os meus registos médicos, quer estejam relacionados com a vacina, como com uma lesão na perna, na cabeça ou noutro sítio. O ténis é um desporto brutal, um contra um, e qualquer informação que dês ao rival pode ser utilizada contra ti. Se jogar na Austrália todos saberão se estou ou não vacinado.”
