Ash Barty em velocidade cruzeiro chega à final do Australian Open

Não há outra forma de o dizer: Ashleigh Barty é uma mulher com uma missão e esta quinta-feira deu mais um passo — o penúltimo — rumo ao objetivo, ao qualificar-se pela primeira vez para a final de singulares do Australian Open — o “seu” torneio do Grand Slam, que lhe permitirá alcançar a glória eterna.

A disputar pela segunda vez as meias-finais, Barty teria de entrar em território desconhecido (caiu perante a futura campeã Sofia Kenin em 2020) para alcançar o nível seguinte na 110.ª edição do torneio e nem isso a assustou.

Tal como nas ocasiões anteriores, a australiana de 25 anos dominou do início ao fim e derrotou a norte-americana Madison Keys com os parciais de 6-1 e 6-3 em 63 minutos.

O controlo foi absolutamente evidente: Barty só cedeu 10 pontos no serviço, voltou a não ceder qualquer break e registou a sexta vitória da semana em dois sets, ao longo das quais só deixou escapar 21 jogos (entre eles, apenas uma quebra de serviço).

O ténis fora da caixa, com um toque vintage, já não tem segredos: a colocação do serviço chega a ser inigualável, a direita é na maioria das vezes a sua pancada favorita para começar a desequilibrar e o slice de esquerda (a pancada que mais a distingue) obriga qualquer adversária a fletir as pernas e alterar o ponto de contacto com a bola — a dada altura, a televisão australiana apresentou um gráfico no qual demonstrava que Keys, habituada a bater na bola a 1 metro de altura, o tinha de fazer 40 centímetros mais baixa para tentar responder ao “corte” impresso por Barty.

E apesar de não ter nada a esconder continua a ser tão eficaz quanto no primeiro dia, tendo esta sido a sexta vez em seis encontros que venceu em menos de 1h15.

Campeã de Roland-Garros em 2019 e de Wimbledon em 2021, Ash Barty já fez história ao tornar-se na primeira mulher australiana a alcançar a final de singulares desde Wendy Turnbull, em 1980, mas quer mais: quer o título, aquele em que nenhuma compatriota coloca as mãos desde Chris O’Neil, em 1978.

E vai discuti-lo (8h30 de sábado) frente à vencedora do encontro entre Iga Swiatek e Danielle Collins.

Última atualização às 10h01.

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