Será com a vantagem máxima que Portugal irá encarar o segundo e último dia da eliminatória na Taça Davis frente à Polónia. Depois do primeiro triunfo de João Sousa, Nuno Borges surpreendeu o melhor jogador presente na Maia, estreando-se da melhor forma possível num encontro de singulares.
Em conferência de imprensa, o tenista maiato não escondeu a importância do momento, classificando a vitória de muito especial.
“Sem dúvida que o jogo foi uma mistura muito grande de muitas emoções. Passou-me muita coisa pela cabeça, demorei a aquecer a máquina, mas estou muito contente por ter dado a volta. Foi a minha experiência a jogar em casa, fez-me lembrar o ambiente que tive no Maia Open, com toda a gente a puxar por nós. Sem dúvida que vai ficar por muito tempo na memória e estou muito contente por participar, pertencer à equipa. Vou desfrutar agora um bocadinho, tentar libertar a carga emocional, mas sei que amanhã tenho de estar pronto”, afirmou.
Depois de uma entrada em falso onde se viu rapidamente a perder por 5-0, Nuno Borges destacou a importância de Rui Machado na cadeira para dar a volta a esse momento: “Se estivesse a jogar sozinho, num torneio qualquer, seria mais complicado. Aqui estava disposto a largar tudo, ainda bem que tive o Rui e a equipa para ter a certeza de que eu estava lá e pronto para o resto. Acreditei que não importava o início, importava como acabava. Desde que continuasse a ter hipóteses durante o jogo ia dar tudo o que tivesse”, confessou, destacando esta vitória como um dos pontos altos da carreira.
“É difícil pôr números em encontros, são emoções distintas, mas se não é o maior não estou a ver qual seria. Sem dúvida dos momentos mais especiais da minha carreira e sinto que tenho jogado cada vez mais encontros destes. É normal que valorize muito estes momentos, principalmente à frente do meu público”, concluiu.
Dado por encerrado o primeiro dia da eliminatória, este sábado será dia de decisões. A jornada arrancará às 10h30 com o encontro de pares, estando ainda agendados os dois restantes singulares, sempre dependentes do possível fecho precoce da eliminatória.
