Retirado do ténis profissional há menos de um ano, Alexandr Dolgopolov regressou esta quarta-feira à Ucrânia para se juntar ao exército do seu país na defesa da invasão levada a cabo pela Rússia há 20 dias.
“Quando esta guerra começou eu estava na Turquia. Cheguei lá um dia antes de começar e levei a minha irmã e a minha mãe, porque percebi o que podia estar prestes a acontecer”, explicou o ex-top 20 mundial numa publicação feita esta quarta-feira no Instagram.
“Percebi que nos primeiros dias ia haver muito pânico e o melhor a fazer seria deixar o mundo saber a verdade e reunir dinheiro para o nosso exército. Nessa altura já tinha começado a praticar tiro e tive muita sorte em contar com a ajuda de um ex-soldado durante cinco a sete dias. Não me tornei no Rambo numa semana, mas estou bastante confortável com armas e consigo atirar à cabeça em três de cada cinco tentativas, a uma distância de 25 metros e num ambiente de treino”, acrescentou Dolgopolov.
O ex-tenista fez o caminho de regresso à Ucrânia acompanhado de vários voluntários, armas e equipamentos de proteção. A entrada no país foi feita através da fronteira com a Polónia, até que esta quarta-feira o grupo chegou a Kiev “para defendermos a nossa casa até sairmos vitoriosos.”
Assim sendo, Alexandr Dolgopolov vai juntar-se aos compatriotas Sergiy Stakhovsky — que viajou para a linha da frente logo nos primeiros dias — e Andrei Medvedev, ex-campeão do Estoril Open e finalista de Roland-Garros que também regressou ao país esta semana.
