Naomi Osaka (77.ª) não conteve as lágrimas após ter sido insultada no WTA 1000 de Indian Wells, há duas semanas, mas quer virar a página e evitar novos dissabores. A japonesa confessou, após carimbar o passaporte para a terceira ronda de Miami, que começou a falar com uma psicóloga após a insistência dos familiares, preocupados com o seu débil estado psicológico.
“Não sei se deveria dizer isto, mas comecei a falar com uma psicóloga. Dei esse passo porque, na verdade, a minha irmã estava muito preocupada comigo. A psicóloga traçou estratégias e estou a perceber o quão úteis me são. Estou feliz por ter à minha volta pessoas que me guiem numa direção”, começou por revelar a antiga número um mundial.
Recorda ainda do treinador, que a aconselhou não só a treinar a componente física, mas também a psicológica: “Wim Fissette, o meu técnico, levou-me pelo caminho correto. Ele disse-me que, se contrato um treinador para estar em forma, preciso também de alguém para cuidar do meu bem estar. Se um psicólogo me ajudasse 0,5%, isso já valeria a pena. A mente é uma coisa muito importante.”
Osaka frisa que o episódio de Indian Wells, em que escutou “Naomi, não prestas”, se tratou de algo nunca antes experienciado: “Nunca antes tinha enfrentado uma situação como a de Indian Wells. Isto nunca se tinha passado durante os meus jogos. Já fui assobiada, mas nunca tinha sido nada deste género. E isso deixou-me naquele estado. Agora estou preparada para encarar novas situações destas, porque pode voltar a acontecer. Tentei mudar a minha mentalidade.”
Já depois de iniciar o acompanhamento, Naomi Osaka iniciou o percurso em Miami e deixou para trás duas oponentes: eliminou na ronda de estreia Astra Sharma e, na segunda ronda, bateu Angelique Kerber num embate entre antigas líderes do ranking. Enfrenta por um lugar nos ‘quartos’ a checa Karolina Muchova.
