Elias volta aos bons resultados em Portugal. “Nunca falta motivação para jogar em casa”

Sara Falcão/FPT

OEIRAS – Depois do triunfo no photo finish face ao italiano Andrea Vavassori, Gastão Elias foi conversar com os jornalistas sobre o embate que lhe garantiu um bilhete para os quartos de final do Oeiras Open. Da motivação por jogar “num dos campos mais bonitos do mundo” ao elogios ao adversário, o português não escondeu a satisfação pelo duelo e pelo que viveu no Court Central do Jamor.

“Foi uma vitória importante. Duas vitórias consecutivas é bom para a minha confiança e foi bom ter ultrapassado este duro obstáculo. Foi um encontro tenso e divertido, desfrutei bastante. Há algum tempo que não tinha um 7-6 no terceiro set, ainda para mais a jogar em casa, com o público, no Court Central do Jamor. E é sempre bom terminar o encontro com tão bons pontos, é bom para a confiança”, aludindo aos dois últimos momentos para concluir o duelo, que fizeram levantar as bancadas no Jamor.

Até aos primeiros jogos do segundo parcial, o tenista de 31 anos estava a dominar totalmente o encontro, sem qualquer dificuldade nos jogos de serviço. O momentum mudou com o intensificar do mau tempo. “Estávamos a jogar enquanto chovia, o campo começou a escorregar bastante, as bolas duplicaram o tamanho e ficaram muitos pesadas. Eu estava a aproveitar o meu serviço, ele não estava a responder bem, e talvez com as bolas mais pesadas tenha conseguido encontrar uma forma de entrar melhor nos pontos na resposta”.

No entanto, o mérito de Vavassori foi inegável e mereceu elogios do antigo 57 do ranking ATP. “Ele foi bastante agressivo, não deixava impor o meu estilo de jogo, não havia trocas de bola e estava sempre a procurar vir para a rede. Isso condicionou muito o meu estilo de jogo, porque gosto de trabalhar mais o ponto”, analisou, explicando que está um pouco melhor dos problemas respiratórios que tem sentido nos últimos dias, ainda que o “encontro tenha sido totalmente diferente do primeiro dia”. “Hoje as trocas de bola foram curtas, corri bastante na mesma porque ele fazia serviço-rede, mas os pontos foram muito curtos. Houve sobretudo mais desgaste mental, de estar focado, pois o jogo podia escapar a qualquer momento”.

Com a passagem aos primeiros quartos de final da temporada num palco de boa memória na época anterior, Elias não relacionado melhor resultado do ano com o sucesso de 2021. “Nunca falta motivação para jogar aqui. Este é um dos campos mais bonitos do mundo e ainda por cima com público. Já tenho centenas de jogos aqui, sinto-me verdadeiramente a jogar em casa. Não preciso de pensar no título para estar motivado”, realçou.

Esta sexta-feira, o número três nacional vai voltar a disputar uns quarto de final pela primeira vez desde Agosto, em Verona – na Maia, em Dezembro, não entrou em campo por precaução relativa ao ombro direito. Na antepenúltima fase do Oeiras Open encontrará o checo Vit Kopriva, sétimo pré-designado. “Não o conheço muito bem. Sei que tem uma esquerda ótima, na direita arrisca mais, mas comete mais erros. Acho que é um jogador sobretudo consistente. Vou ainda reunir com o meu treinador e vamos averiguar o que iremos fazer amanhã”.

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