Naomi Osaka contraria historial e apoia-se no poder de fogo para chegar à final em Miami

O frente-a-frente entre ambas demonstrava um domínio total de Belinda Bencic em encontros ao mais alto nível (2019), mas “em casa” Naomi Osaka queria ter uma palavra a dizer e assim foi: a japonesa levou a melhor sobre a suíça com os parciais de 4-6, 6-3 e 6-4 e apurou-se para a final do Miami Open — a primeira desde que conquistou o Australian Open em fevereiro de 2021.

À imagem do que aconteceu nas rondas anteriores, e mesmo não tendo igualado o pico de forma desses duelos, a ex-número um mundial apoiou-se no seu ténis extremamente ofensivo para resolver o puzzle desta quinta-feira: foram 18 ases (um recorde de carreira e a melhor marca de 2022, superando os 17 de Ash Barty em Adelaide) entre um total de 43 winners, em contraste com os 27 da adversária.

Apesar de ter sido Bencic — medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em que a japonesa claudicou — quem entrou melhor no encontro, ao assinar duas quebras de serviço nos primeiros jogos que atestaram o à vontade com que habitualmente encara este frente-a-frente, Osaka não largou o encontro.

Com a pancada de serviço em crescendo (disparou quatro ases no primeiro set, seis no segundo e oito no terceiro, terminando dois dos parciais com mais de 85% pontos ganhos com o primeiro “saque”), a nipónica cresceu com o avançar do marcador, resistiu à antecipação de Bencic do fundo do court e tomou conta do duelo com o avançar da segunda partida, em que nem o contra-break sofrido logo no arranque a afetou.

Assinada em 2h09, a vitória desta quinta-feira é cheia de significado para Naomi Osaka para variadíssimas razões: foi a primeira sobre Belind Bencic desde um torneio do circuito ITF em 2013 (!), apurou-a para a uma final pela primeira vez desde que conquistou o Australian Open de 2021 e deu-lhe a oportunidade de lutar pelo oitavo título da carreira num torneio que considera jogar “em casa”, ou não vivesse ela na Flórida.

Por isso, as lágrimas que derramou logo após selar o triunfo foram de alegria, em contraste com aquelas com que se despediu de Indian Wells há cerca de duas semanas.

No derradeiro encontro do Miami Open, Osaka vai ter pela frente a vencedora do duelo (2h da madrugada de sexta-feira em Portugal Continental) entre a norte-americana Jessica Pegula e a polaca Iga Swiatek, que a partir de segunda-feira será a nova líder do ranking.

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