Alessandro Giannessi, o “carro a diesel” que quer a desforra contra Gastão Elias

Sara Falcão/FPT

OEIRAS – Qual gato com sete vidas, Alessandro Giannessi tem superado obstáculos impensáveis. Várias vezes por baixo de duelos – só esta semana recuperou de um set de desvantagem em três das quatro vitórias -, o italiano de 31 anos espera dar um último passo rumo a um título que escapa há quase três anos. A separá-lo do êxito está o contemporâneo Gastão Elias, com quem perdeu há uma semana nas meias-finais do Oeiras Open 2.

Foi um visivelmente desgastado e feliz Alessandro Giannessi quem compareceu na sala de conferências de imprensa do Oeiras Open 2. A batalha frente a Jozef Kovalik durou 2h41 e mais de uma hora com paragem para a chuva. Mas a recompensa chegou com um bilhete para a final. “Estão a ser duas semanas exigentes, mas estou muito satisfeito com o resultado. A semana passada fiz meias-finais, nesta chego à final. Estou muito feliz”, referiu sucintamente logo a abrir, ainda que as palavras tenham sido redundantes face ao que evidenciava.

“O Kovalik é um excelente jogador. Já jogámos várias vezes [esta foi a sexta ocasião e o transalpino prevaleceu pela quarta vez] e são sempre grandes batalhas. Estávamos os dois tensos no final e eu tive um pouco de sorte. Consegui gerir bem a minha condição física e mental“, considerou Giannessi, sem antes dar graças à ‘assistência’ de que dispôs. “A paragem para a chuva ajudou-me. Falei com o meu treinador e passei a estar mais calmo e entrei mais no encontro”.

Afinal, qual o segredo para tamanha faceta gladiadora dentro do court? “Sou como um carro a diesel. Tento começar bem os encontros, mas os meus adversários têm jogado bem no início. Depois tento encontrar soluções ao longo do encontro. Acho que sou forte mentalmente, isso sempre me ajudou ao longo da carreira. Jogar menos de hora e meia não é bom para mim, tenho de jogar sempre pelo menos duas horas“, brincou. O certo é que além das três reviravoltas operadas, o antigo 84 da hierarquia ATP esteve a um ponto da derrota na semana passada, frente ao compatriota Giulio Zeppieri (e a perder por 6-1, 5-1), e na segunda ronda deste torneio precisou de virar de 7-5, 3-0 frente ao húngaro Fabian Marozcan.

Sobre o reencontro com Gastão Elias, que lhe pode dar o quarto título neste circuito, deixou tudo em aberto: “Ele fez um grande encontro contra mim na semana passada, mas todos os jogos são diferentes. Veremos como estão as condições de jogo, se lentas, se com sol, há várias variáveis e talvez com sol seja melhor para mim.”

Apurado para a 11ª decisão a nível Challenger, Giannessi diz que é “bom voltar a uma final” depois de nove desaires consecutivos em meias-finais, duas delas em solo português, a primeira delas no CIF em 2020 (frente a Pedro Sousa). “Espero sair com o troféu amanhã”, rematou.

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