Tsitsipas colapsou, recuperou e gritou a caminho das meias-finais em Monte-Carlo

Primeiro foi Stefanos Tsitsipas quem teve a vitória no bolso ao liderar por 6-2 e 5-2, depois foi Diego Schwartzman quem esteve com pé e meio nas meias-finais ao agarrar uma vantagem de 2-6, 7-6(3), 4-0 e 40-30 com o serviço a seu favor. Mas no final o triunfo sorriu mesmo ao grego, que depois de ser traído por uma enorme quebra de concentração recompôs-se a tempo de virar o que já parecia perdido e venceu por 6-2, 6-7(3) e 6-4. O campeão em título está de volta às meias-finais do Masters 1000 de Monte-Carlo e vai encontrar Alexander Zverev.

Sob a iluminação dos holofotes do Monte-Carlo Country Club, o número cinco mundial liderou de forma muito confortável o encontro e tudo parecia indicar que recolheria aos balneários em poucos minutos, acompanhado de uma vitória muito autoritária em condições que beneficiavam o adversário (por tirarem velocidade e sobretudo ressalto à bola). Mas uma enorme mudança no rumo dos acontecimentos resultou naquilo que já ninguém esperava e também numa jornada histórica no principado, onde, pela primeira vez desde que as finais se passaram a resolver à melhor de três sets, em 2008, todos os encontros dos quartos de final foram decididos na terceira partida.

Da perda de foco total a uma reentrada silenciosa no encontro, Tsitsipas quebrou por uma vez, quebrou por duas e quebrou por três para, numa questão de breves minutos, colocar-se a servir para o encontro. De volta ao seu melhor ténis, e com Schwartzman cada vez mais desesperado pela oportunidade cada vez mais dada como desperdiçada, o grego levou o público de Monte-Carlo à loucura ao mergulhar para a terra batida para executar um volley de esquerda que será recordado como uma das melhores pancadas do ano:

O ponto deu-lhe o primeiro match point, mas foi ao segundo que a batalha terminou: 2h42 depois, ouviu-se “Game, Set and Match, Tsitsipas” pela terceira vez esta semana. Desta vez com muito drama à mistura, o público cada vez mais vibrante e o relógio de Monte Carlo a indicar as 22h56.

O tempo para recuperar não será muito, mas para Tsitsipas a boa notícia é que também Alexander Zverev foi forçado a trabalhos extra: o alemão, número três mundial, saiu por cima de um encontro épico e igualmente dramático contra Jannik Sinner, ao triunfar com os parciais de 5-7, 6-3 e 7-6(5) após 3h07.

O duelo de sábado será o 10.º entre Tsitsipas e Zverev. O grego lidera o frente-a-frente por 6-3 (e 2-0 na terra batida), mas perdeu o encontro mais recente, no Masters 1000 de Cincinnati, onde disputou pela útima vez as meias-finais de um evento desta dimensão.

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