Stefanos Tsitsipas tinha pela frente a difícil tarefa de vencer o prestigiado ATP Masters 1000 de Monte-Carlo, uma missão que ganhou contornos impossíveis quando o grego perdia por 4-0 no último set com Diego Schwartzman, nos quartos de final. Mas até ao lavar dos cestos é vindima e no ténis, já se sabe, só ao game, set and match se encerram as possibilidades. Este domingo, dois dias depois de ser colocado entre a espada e a parede, “El Greco” tornou o impossível em possível — a Adidas, que o patrocina, ganha mais uma oportunidade de o promover — e sagrou-se campeão do torneio monegasco pelo segundo ano consecutivo.
Favorito contra o estreante Alejandro Davidovich Fokina, que viveu a melhor semana da carreira e no principado jogou a primeira final em torneios ATP, o número cinco mundial tremeu em dois momentos (depois de carimbar o break inaugural, logo no arranque do encontro, e quando serviu para a vitória), mas depressa se recompôs e no tie-break selou a discussão. Os parciais de 6-3 e 7-6(3) deram-lhe a vitória que tanto procurava e o segundo título da carreira em torneios Masters 1000.
Aos 23 anos, Stefanos Tsitsipas tornou-se apenas no quarto jogador da história da Era Open a defender com sucesso o primeiro título de campeão em Monte-Carlo, igualando o feito de Illie Nastase 1971 e 1972), Juan Carlos Ferrero (2002 e 2003) e Rafael Nadal (2005 e 2006).
E mais: juntou-se a um restritíssimo grupo de tenistas em atividade com pelo menos dois troféus de campeão em torneios desta categoria, a mais importante a seguir aos Grand Slams e o ATP Finals (que também já venceu): Roger Federer, Jo-Wilfried Tsonga — que se vai retirar em Roland-Garros —, Rafael Nadal, Andy Murray, Novak Djokovic, Daniil Medvedev e Alexander Zverev são os restantes.
