Aos 35 anos, Gasquet mantém a esperança para o futuro: “Sinto-me capaz de voltar a uma final”

ESTORIL – Com um passado recheado de conquistas em Portugal, Richard Gasquet (80.º) continua a deslumbrar na terra batida do Clube de Ténis do Estoril. Próximo de cumprir o 36.º aniversário, o campeão da primeira edição do Millennium Estoril Open admitiu ao Raquetc que ainda acredita num regresso às conquistas e apontou o evento português como palco para celebrar um eventual 16.º troféu no ATP Tour.

Logo após suplantar o boliviano Hugo Dellien num embate resolvido pelos extremos 7-6 (5) e 6-2, o experiente gaulês destacou o significado que dá a triunfos com contornos atribulados, que lhe garantam que o nível está lá: “É muito bom para mim vencer jogos complicados como o de hoje, tenho de estar preparado fisicamente. Os pontos foram longos, foi difícil e o primeiro set demorou algo como uma hora e 15 minutos. Faz muita diferença conseguir vencer nestas condições.”

Quarto-finalista de Roland-Garros em 2016 – onde viria a ser eliminado pelo futuro finalista Andy Murray -, Gasquet está ciente da exigência inerente a conseguir repetir o feito, mas não nega uma eventual nova oportunidade: “Não sei, são cinco sets e quatro jogos seguidos para conseguir. Mas não tenho lesões e sinto-me bem em court, veremos o que acontece em Paris. Não sei se consigo repetir os ‘quartos’ mas vou dar o meu melhor.”

Richard Gasquet conta com um invejável palmarés traçado no nosso país, com o título de campeão somado no Millennium Estoril Open (2015) e duas finais alcançadas no antigo torneio (2007 e 2012), e explica os fatores que potenciaram o passado (e presente) de sucesso em Portugal: “Gosto de jogar aqui. Está vento, é um bom court para mim e gosto de jogar em terra batida. Tenho boas memórias aqui e por isso é um torneio importante para mim. Estou a desfrutar e vou lutar pelo acesso às meias-finais.”

Questionado sobre se o futuro do ténis gaulês está em boas mãos, Gasquet não tem dúvidas do potencial da nova fornada e acredita no regresso da bandeira nacional ao lote dos melhores: “Qualquer um deles pode conseguir chegar ao top 10. Em França existem vários jogadores no top 40 ou 50, mas o mais importante é termos algum jogador no top 10 ou top 5, como já tivemos Noah, Pioline, Leconte ou Forget. Seria ótimo para o ténis francês que algum dos novos jogadores também chegasse ao topo.”

E não é a já avançada idade que desfaz o sonho de novas conquistas de Richard Gasquet. Com 15 troféus somados ao mais alto nível nos últimos 18 anos, o antigo número sete crê que o registo pode não ficar por aí: “Sim, no ano passado consegui e sinto-me capaz de voltar a uma final. Tenho de lutar por isso, mas vamos ver o que acontece aqui no Estoril.”

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