Países Baixos e Austrália erguem derradeiros títulos no Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas

Sara Falcão/FPT

VILAMOURA — Os Países Baixos e a Austrália venceram, respetivamente, os títulos masculino e de juniores do BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas que a Federação Portuguesa de Ténis e a Premier Sports organizaram, na Vilamoura Tennis & Padel Academy, entre os dias 2 e 8 de maio.

Se na véspera celebraram na categoria quad e deixaram escapar o título feminino, este domingo os Países Baixos conquistaram o torneio masculino pela oitava vez na história. Depois de 1999, 2001, 2004, 2005, 2006, 2011 e 2021, a seleção neerlandesa repetiu o triunfo do último ano sobre a Espanha, desta vez por 2-0.

Ruben Spaargaren (11.º), que há uma semana conquistou o Vilamoura Open, deu início à final com um triunfo por 6-3 e 6-2 contra Daniel Caverzaschi (12.º), o primeiro espanhol de sempre a alcançar os quartos de final dos Jogos Paralímpicos, em 2021.

Depois, coube a Tom Egberink (6.º) — medalha de prata em Tóquio — a conquista do ponto decisivo, ao vencer um ex-número um mundial de juniores, Martin De La Puente (atual 10.º do ranking de seniores), por 6-1 e 6-3.

Na outra final da jornada, a Austrália impôs-se à Grã-Bretanha, por 2-1, e ergueu o título de juniores.

Os australianos ganharam vantagem com a vitória de Riley Dumsday (15.º) contra Joshua Johns (23.º), por 6-1 e 6-1, mas os britânicos igualaram a decisão graças ao triunfo de Dahnon Ward (3.º), pelos parciais de 6-1 e 6-3, perante Saalim Naser (6.º).

Assim, foi necessário o encontro de pares para se coroarem os novos campeões, com Dumsday e Naser a unirem esforços para vencerem Ward e Andrew Penney (4.º) em duas partidas, por 6-1 e 6-4.

Com o triunfo deste domingo, a Austrália conquistou pela segunda vez o torneio de juniores no BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas, naquela que foi uma reedição da final que também venceu em 2019.

Quanto à equipa de Portugal, que participou pela segunda vez na história na fase final do Campeonato do Mundo e primeira na condição de organizadora, não conseguiu contrariar o favoritismo da Coreia do Sul e terminou na 16.ª posição.

No primeiro encontro, Chiol Yong An (193.º) venceu Jean Paul Melo (288.º) por 6-1 e 6-1, enquanto no segundo Sungbong Han (81.º) triunfou por 6-1 e 6-0 contra João Couceiro (140.º).

Galeria de campeões do BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas:

Torneio masculino:

  1. Países Baixos
  2. Espanha
  3. Japão

Torneio feminino:

  1. Japão
  2. Países Baixos
  3. Estados Unidos da América

Torneio quad:

  1. Países Baixos
  2. África do Sul
  3. Brasil

Torneio juniores:

  1. Austrália
  2. Grã-Bretanha
  3. Países Baixos

“Foi uma excelente semana. Ficámos muito contentes por regressar a Portugal, porque a Federação Portuguesa de Ténis tem feito um ótimo trabalho ao organizar vários eventos da Federação Internacional de Ténis, desde a nossa Assembleia Geral, em 2019, ao Campeonato do Mundo de Veteranos, no mesmo ano, e o Campeonato do Mundo de Young Seniores que acontecerá em agosto. Fazia todo o sentido organizar aqui a BNP Paribas World Team Cup pela primeira vez e depois de falar com os jogadores, os capitães e os representantes de cada país posso dizer que todos adorariam voltar, por isso espero que o possamos fazer no próximo ano”, afirmou David Haggerty, presidente da Federação Internacional de Ténis.

Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, fez eco às palavras do responsável pela ITF: “Temos recebido um feedback extremamente positivo de todas as entidades, de tal forma que a Federação Internacional de Ténis nos convidou, inclusive, a organizar novamente a World Team Cup no próximo ano. Teremos de fazer o balanço desta edição antes de tomarmos uma decisão, mas o feedback que estamos a receber é muito positivo. No primeiro ano em que organizámos a fase de qualificação optámos por Vilamoura por várias razões, entre as quais a qualidade das instalações e do hotel, a acessibilidade e as distâncias curtas, e este foi o culminar do investimento que fizemos na modalidade ao longo dos últimos anos e que hoje terminou com este sucesso bastante assinalável.”

Pedro Frazão, responsável pela Premier Sports e diretor do torneio, também fez um balanço muito positivo desta edição: “Recebemos elogios de todas as equipas e da Federação Internacional de Ténis, de tal forma que querem que organizemos novamente o Campeonato do Mundo no próximo ano. Segundo a ITF, esta foi a melhor edição de sempre e ouvir isso é um enorme motivo de orgulho não só para a Premier Sports, como para a Federação Portuguesa de Ténis e o país. Este é um evento muito trabalhoso, mas igualmente gratificante e não há melhor retorno do que receber elogios dos melhores jogadores do mundo, porque eles competem nos maiores torneios. Aproveito para agradecer a confiança da ITF e da FPT, que nos confiaram a organização do evento, e também aos patrocinadores e às instituições que nos ajudaram, como a Câmara Municipal de Loulé, o Centro Paroquial de Quarteira, a Associação Portuguesa de Deficientes e a Santa Casa da Misericórdia de Loulé. Sem estes contributos era impossível organizarmos o Campeonato do Mundo desta forma.”

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