Djokovic não perde tempo no regresso aos Grand Slams e arrasa decisão de Wimbledon

RAQUETC EM PARIS — Foi debaixo da cobertura e da iluminação do renovado Court Philippe-Chatrier que Novak Djokovic regressou à ação em torneios do Grand Slam pela primeira vez em 253 dias e apesar das saudades o sérvio não perdeu tempo, poupando as energias para as críticas que, logo após o primeiro encontro em Roland-Garros, teceu aos responsáveis por Wimbledon, que baniram os tenistas russos e bielorrussos do torneio britânico.

Em termos pessoais, não tive nem vou ter hipóteses de defender 4.000 pontos entre a Austrália e Wimbledon e isso prejudica-me, mas fico feliz por ver que os jogadores se uniram à ATP e mostraram aos torneios do Grand Slam que quando quando há um erro há consequências. Sou a favor da união, sempre fui”, afirmou o número um mundial após derrotar Yoshihito Nishioka por claros 6-3, 6-1 e 6-0.

As declarações do líder do ranking — que independentemente da prestação que tenha no All England Club perderá o estatuto em Wimbledon para Daniil Medvedev, que nem poderá jogar — abafaram rapidamente o que se passou dentro do court, onde depois de uma boa réplica na partida inaugural o adversário japonês não teve andamento para o acompanhar.

E não é para menos: o castigo aplicado pelos circuitos masculino e feminino ao torneio britânico na sequência da exclusão de russos e bielorrussos não tem precedentes. “É uma situação em que se perde sempre”, acrescentou Djokovic, que chamou a atenção para “um assunto difícil” depois de deixar claro que, apesar de lamentar a perda dos 2.000 pontos a que estará sujeito, concorda com a medida que foi tomada pela ATP e a WTA.

“Banir os tenistas russos e bielorrussos foi a decisão errada e não a apoio de forma nenhuma. Havia outras ideias, outro tipo de propostas do governo britânico, mas Wimbledon não as quis ouvir e avançou com esta decisão. Vai ser uma edição única e estranha, confesso. Mas um torneio do Grand Slam é sempre um torneio do Grand Slam e Wimbledon sempre foi o meu sonho de criança. Nunca olhei para o torneio pela perspetiva dos pontos ou do prize-money, por isso é claro que vou jogar”, concluiu o campeão de 2011, 2014, 2015, 2018, 2019 e 2021.

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