Gilles Simon adia o adeus a Roland-Garros com vitória épica à 1h da manhã

PARIS — Tal como Jo-Wilfried Tsonga, também Gilles Simon decidiu que este é o último Roland-Garros da carreira. Mas dizer adeus custa, o sabor da vitória é viciante e o apoio do público contagiante, por isso o tenista de Nice gritou “ainda não” e no Court Simonne-Mathieu, já uns minutos para lá da uma da manhã, celebrou mais uma vitória na sagrada terra batida que tanto lhe diz.

Com protagonismo dividido com o encontro entre Stefanos Tsitsipas e Lorenzo Musetti, que no Court Philippe-Chatrier também se prolongou para lá da meia-noite, o duelo de Simon com Pablo Carreño-Busta não atraiu tanto público, mas não foi por isso que não teve emoção.

Sem as bancadas cheias, mas com verdadeiros aficionados a apoiá-lo, o ex-top 10 até esteve encaminhado para uma vitória em três sets, mas porque o ténis é feito de histórias dentro de histórias foi o espanhol quem, duas horas depois, mais perto teve de colocar os dois pés na segunda ronda. Mais jovem, em melhor forma (apesar do apagão após alcançar a final em Barcelona) e claro favorito, Carreño-Busta conseguiu recuperar e liderou a quinta e decisiva partida por um break, traduzido no 4-2.

Já com o duelo do palco principal concluído, os resistentes dirigiram-se para o Court Simonne-Mathieu, que abriu as portas àqueles que não tinham bilhete (os três courts principais têm acessos diferentes) e assim criou-se o cenário perfeito para Simon desenhar uma reviravolta dentro da reviravolta. Aos 37 anos, na última aventura da carreira em Roland-Garros e motivado pelos compatriotas, “Gillou” sonhou e foi recompensado com a vitória por 6-4, 6-4, 4-6, 1-6 e 6-4. A sua última dança terá pelo menos mais um capítulo, que pode valer-lhe a 500.ª vitória da carreira. E o adversário não é impossível de derrubar: trata-se do norte-americano Steve Johnson.

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