Nuno Borges analisa estreia em Wimbledon: “Jogar em relva quase que é um desporto diferente”

Nuno Borges (122.º) foi um dos portugueses a brilhar no arranque da fase de qualificação do torneio de Wimbledon e, a par com Gastão Elias, colocou-se a dois triunfos do acesso ao quadro principal. O português de 25 anos precisou de três parciais para se desenvencilhar de Matteo Arnaldi (226.º), por 6-3, 6-7 (2) e 6-2, e após o primeiro triunfo da carreira no Major londrino expressou em declarações ao Raquetc as lições que reteve desta primeira experiência.

“Foi um jogo complicado do início ao fim, tive momentos em que joguei melhor e outros pior. Foi uma constante batalha nesse aspeto, com alguns nervos ali pelo meio, talvez sem nenhum de nós ter feito o melhor jogo. Estou muito contente por ter saído com a vitória, que era o principal objetivo”, começou por relatar o número dois nacional.

Desperdiçada uma liderança de 4-1 no segundo parcial, o maiato explica o que faltou para não ter fechado a vitória sem recurso ao derradeiro set: “Tive oportunidade para fazer o break, mas não consegui. Depois tive um jogo de serviço menos conseguido e ele entrou no jogo, um bocadinho mais solto. Hesitei um pouco e eu cometi alguns erros no segundo break consecutivo que sofri, mas mesmo assim senti que me aguentei bem até ao final do set. Ainda levei break no terceiro e mantive-me com a cabeça no sítio, sempre a acreditar que conseguia dar a volta. Ele também deu alguns sinais de desgaste e eu consegui aproveitar.”

A dar os primeiros passos enquanto profissional na relva, confessa que a adaptação ao Major britânico não foi fácil: “Pensava que ia estar mais confortável a jogar hoje, mas o ambiente aqui foi muito diferente de Roland-Garros, numa superfície em que ainda estou a descobrir. Ainda preciso de me adaptar, mas Wimbledon é Wimbledon e o nome do torneio pesa. É um torneio que me diz muito, é normal que me tenha custado um bocadinho mais e as emoções ficam um bocadinho mais à pele.”

De regresso a Roehampton anos depois de por lá ter passado enquanto júnior, Nuno Borges sublinha as disparidades que sente a atuar nesta superfície: “Estou a gostar muito, ainda estou a aprender a jogar na relva e sem dúvida que é quase um desporto diferente, comparado à terra batida ou ao piso rápido. É um sítio que me diz muito, joguei aqui em juniores e tenho grandes memórias.”

Nuno Borges, que defende o estatuto de 13.º pré-designado do qualifying, vai ter como próxima missão eliminar o japonês Hiroki Moriya (247.º), com quem nunca antes mediu forças. Se confirmar o favoritismo, discute uma vaga no quadro principal com Max Purcell (156.º) ou o compatriota Gastão Elias (183.º).

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