Era um primeiro desafio complicado, mas Nick Kyrgios cumpriu-o com distinção. O australiano está a viver uma das melhores temporadas da carreira — que muito deve ao sucesso desde o início do verão — e esta terça-feira estreou-se no ATP Masters 1000 de Cincinnati com um triunfo convincente, ao deixar pelo caminho o espanhol Alejandro Davidovich Fokina.
Apesar de partir como favorito, o recém-finalista de Wimbledon e campeão em Washington, D.C. sabia que não teria pela frente uma tarefa fácil, mas exibiu-se a um bom nível e superou o número 37 mundial com os parciais de 7-5 e 6-4. Foi a 11.ª vitória em 11 primeiras rondas em 2022.
De volta ao palco onde atingiu a única final da carreira em torneios da categoria ATP Masters 1000 (perdeu com Grigor Dimitrov na discussão do título de 2017), Kyrgios não foi sempre consistente ao longo dos 90 minutos de encontro, mas foi cirúrgico nas oportunidades de que dispôs: converteu três dos quatro pontos de break que criou e foi sempre o melhor na reta final de ambos os parciais frente a um adversário que, como ele, gosta de fazer uso da “cartola” para arrancar aplausos das bancadas e contagiar o público.
O triunfo desta terça-feira foi o 31.º em 39 encontros para Nick Kyrgios ao longo de uma época de 2022 que já o viu regressar aos títulos em singulares — o último acontecera precisamente em Washington, D.C. no ano de 2019. E este parece ser o momento em que o australiano está disposto a espremer ao máximo o seu potencial para continuar a quebrar barreiras no circuito.
Terá de ser assim novamente na quarta-feira, quando enfrentar o norte-americano Taylor Fritz, que no regresso aos Estados Unidos da América (onde este ano já venceu o ATP Masters 1000 de Indian Wells) registou um triunfo muito autoritário por 6-1 e 6-1 sobre o argentino Sebastian Baez, campeão em título do Millennium Estoril Open.
