A última dança de Serena Williams foi a mais longa da carreira numa Nova Iorque que levou à loucura

Foi preciso Serena Williams chegar ao último dia da carreira para disputar pela primeira vez um encontro com mais de três horas no US Open, o palco onde após 27 anos como tenista profissional pendurou a raqueta com uma derrota para Ajla Tomljanovic. De Compton para o mundo, tornou-se na tenista — homem ou mulher — com mais títulos de singulares em torneios do Grand Slam na Era Open (23) e numa das melhores atletas da história.

Numa noite histórica e inesquecível, com o maior court do mundo completamente esgotado, foram necessárias 3h06 para a australiana conseguir colocar um ponto final na carreira da norte-americana, com os parciais de 7-5, 6-7(4) e 6-1.

Tomljanovic precisou de seis match points, teve de resistir aos 49 winners (!) de Serena contra os 32 que saíram da sua raqueta e, acima de tudo, precisou de se abstrair do ruído que o público emitiu a partir das bancadas do Artur Ashe Stadium no final de cada ponto. E uma das melhores exibições da carreira permitiu-lhe ser feliz numa noite em que não pensava ser capaz de derrotar aquela que no final do encontro descreveu como “a melhor de todos os tempos, sem sombra de dúvidas.”

E foi com “lágrimas de alegria, não de tristeza” que Serena Williams fez um curto mas significativo discurso de agradecimento e se despediu do público de Nova Iorque — e do mundo — debaixo de uma standing ovation. Mas continuou sem conseguir verbalizar sem margem para dúvidas o final da carreira, pelo que no adeus ao US Open ficou, também, uma pequeníssima janela de um regresso num futuro próximo. Ou não se tratasse de Serena Williams, forever a woman on a mission.

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