Pouco mais de uma semana depois de Roger Federer ter protagonizado um emotivo adeus ao circuito profissional na Laver Cup, a Suíça voltou a ser um dos assuntos do dia, mas desta feita o sentimento é inverso: um novo campeão do país foi coroado – o primeiro na era pós-Federer. Aos 26 anos, Marc-Andrea Huesler (95.º) viveu um domingo de sonho no ATP 250 de Sófia e estreou-se na grelha de campeões do circuito principal.
O natural de Zurique não se deixou intimidar pelo estatuto de quinto cabeça de série de Holger Rune (31.º), que estava de regresso a uma final depois de já este ano ter conquistado o primeiro título da carreira em Munique, e resistiu a um desfecho tremido em que precisou de anular quatro set points do lado contrário para fazer a festa de campeão pelos parciais de 6-4 e 7-6 (8).
Huesler não perdeu tempo a partilhar o equilíbrio com Rune e foi logo no primeiro jogo de serviço do dinamarquês que se apoderou da liderança que o viria a conduzir à vitória no primeiro set. Voltou a estar próximo de quebrar o serviço ao jogador de Copenhaga, mas mais tarde foi este a dispor de quatro oportunidade de ouro – duas delas no tie-break – de levar a decisão a terceiro parcial. Mas o menos credenciado dos jogadores voltou a ser mais forte nos momentos críticos e fechou o guião com a conquista no bolso.
O troféu de estreia de Marc-Andrea Huesler (95.º) simboliza mais uma importante e histórica página dourada para o desporto do seu país, num render de guarda que contrasta com a despedida de Roger Federer: trata-se primeira conquista helvética no ATP Tour desde que o campeoníssimo de 41 anos ergueu o 103.º e último título da carreira em Basileia, em 2019.
Com o estatuto de novo número um suíço garantido, Huesler – que vive as primeiras semanas enquanto top 100 – vai alcançar um novo melhor registo através de um abrupto salto de 31 posições rumo ao lugar 64. Quanto a Rune, que adia a oportunidade de somar o segundo troféu da carreira, iguala o seu anterior recorde na tabela – o 26.º posto ATP.
