Cash e Patten fecharam 2022 com história na Maia e estão prontos para novos voos

MAIA — 2022 foi um ano inesquecível para os britânicos Julian Cash e Henry Patten, que depois de quatro títulos lado a lado no circuito ITF “explodiram para a ribalta” com 10 troféus de campeões no ATP Challenger Tour — todos desde junho e com o último a ser levantado no court central do Complexo Municipal de Ténis da Maia, onde no sábado derrotaram Nuno Borges e Francisco Cabral para fecharem com chave de ouro uma época que lhes abriu as portas para 2023.

“Estamos muito cansados, exaustos até, porque passámos os últimos quatro meses a viajar sem parar. Terminar com um título frente a dois grandes jogadores, que eram os primeiros cabeças de série, e num match tie-break muito equilibrado é muito positivo e deixa-nos muito felizes”, explicou Patten, o mais velho (por três meses) dos britânicos de 26 anos, na conferência de imprensa após a vitória por 6-3, 3-6 e 10-8 na final.

Após uma decisão equilibrada, que unanimemente os quatro consideraram ter sido decidida em pequenos detalhes, Cash só teve elogios para Borges e Cabral: “São dois excelentes jogadores, independentemente da superfície. Têm bons serviços, respondem bem e jogam bem pares. Fazem o court parecer pequeno, o que explica o sucesso que tiveram no último ano. Eles lutam muito. Estavam a perder por um set e vieram com tudo para cima de nós no segundo set, mas o Nuno tem jogado menos pares este ano e isso pode ter-nos ajudado hoje. Espero que continuem a jogar juntos porque é divertido vê-los.”

Para os britânicos, a semana na Maia foi o culminar de uma temporada de ouro, que fecharam com história: a vitória em Portugal permitiu-lhes celebrar títulos Challenger nas três superfícies (relva, piso rápido e terra batida) e estabelecer um novo recorde de troféus numa só época para a mesma dupla — foram 10, registo ainda mais impressionante por ter sido construído em apenas seis meses, desde o arranque da época de relva.

Ainda “com muito para aprender, sobretudo na terra batida” — superfície na qual admitiram sentir dificuldades nos primeiros dias desta semana — e até para digerir, Cash e Patten não esconderam a surpresa com o sucesso repentino, que em grande parte atribuíram “ao muito tempo que passamos juntos no court e à grande equipa que temos à nossa volta a ajudar-nos.”

A aproveitar “a onda” de sucesso inesperado, e com pouco tempo para descansar, os dois britânicos têm à espera no virar de ano o salto para a divisão de elite. E querem aproveitá-lo da melhor forma possível: “Pusemo-nos numa excelente posição para jogarmos no circuito principal, porque conseguimos qualificar-nos para o Australian Open e com isso esperamos ter a hipótese de passar a jogar mais torneios ATP 250 para nos testarmos contra os melhores do mundo. Estamos muito entusiasmados e esperamos ter muitas oportunidades de aprender e obter bons resultados”, afirmou Patten.”

A Oceânia será, por isso, o próximo destino, lá para o final do mês, mas para já os dois levam da Maia dois troféus que receberam elogios e acima de tudo excelentes impressões: “Para dizer a verdade ainda agora estávamos a falar disto. Este foi um excelente torneio. Sentimos muitas diferenças de semana para a semana e este é de longe um dos melhores torneios do ano. Foram todos muito simpáticos e hoje o público estava obviamente do lado deles, mas foi sempre educado e aplaudiu as nossas jogadas, o que nem sempre acontece. Foi uma excelente semana e esperamos voltar a Portugal no futuro”, concluiu Cash.

Na próxima segunda-feira, quando o ranking for atualizado, estarão os dois dentro do top 70 ATP.

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