Maria Sakkari esteve em apuros frente a uma das jogadoras mais talentosas e interessantes da nova geração, mas acabou por sobreviver e derrotou Diana Shnaider rumo à terceira ronda do Australian Open.
O encontro prolongou-se por 2h33 e revelou-se um enorme desafio para a tenista de Atenas, que perdeu o primeiro set e nunca conseguiu ficar confortável no marcador a caminho da reviravolta consumada com os parciais de 3-6, 7-5 e 6-3.
Ainda com 18 anos, às portas do top 100 e embalada pela primeira vitória em quadros principais de torneios do Grand Slam, Shnaider apresentou-se ao público australiano e não deixou que a ocasião a intimidasse.
Com uma personalidade forte, a jovem russa que há menos de um ano venceu o ITF de 25.000 dólares do CETO quando ainda era júnior (jogou, aliás, finais em todos os torneios do Grand Slam entre os singulares e os pares) ainda nem é profissional, pois comprometeu-se a jogar por uma universidade norte-americana a partir desta época — uma decisão que tomou em parte derivada pelo receio de encontrar dificuldades na entrada no circuito por ser russa, com as viagens e restantes processos complicados desde o início da invasão do país à Ucrânia.
E essa decisão valeu-lhe, inclusive, um comentário de Sakkari, que impressionada pelo nível da adversária comentou que “talvez deva considerar abdicar da ida para a universidade” depois de a derrotar.
Com uma direita potente, Shnaider criou dificuldades a Sakkari desde o início e gritou “presente” ao longo de todo o encontro, levando inclusive a que a determinada altura a adversária se queixasse ao árbitro de cadeira das suas celebrações. E demonstrou estar pronta para bater-se com as melhores do mundo nos maiores palcos… se não for para a Universidade da Carolina do Norte.
Quanto a Maria Sakkari, na terceira ronda terá pela frente ou Jil Teichmann ou Lin Zhu.
