As primeiras sensações de Novak Djokovic (5.º) em Melbourne Park asseguraram que as mazelas físicas estariam longe de ameaçar a maré vitoriosa e também esta quinta-feira o recordista teve motivos para sorrir e atenuar as preocupações em relação à lesão na coxa esquerda: um segundo parcial que caiu para o lado de Enzo Couacaud (191.º) ‘manchou’ uma exibição quase perfeita do sérvio, que a grande nível celebrou em quase três horas a vitória por 6-1, 6-7 (5), 6-2 e 6-0.
A espera foi curta e Djokovic rapidamente colocou a partida a seu favor, ao converter duas de quatro chances de break para em pouco mais de meia hora conquistar o parcial de estreia. Mas o rumo dos momentos seguintes foi bem distinto e ao ascendente de Couacaud aliaram-se as dores do ex-líder (que acabaria por receber assistência médica). O qualifier francês defendeu-se com êxito das investidas do jogador de Belgrado e conduziu a contenda à igualdade.
Numa fase atribulada em que as incertezas poderiam sondar a sua posição no encontro, Djokovic dissipou com contundência as hesitações e pôs em marcha o plano que afastou de vez os perigos. Fechou o terceiro parcial com duas quebras de serviço concretizadas e foi um curto intervalo que o separou da vitória que se viria a confirmar, após ter enfrentado apenas um break point em toda a partida.
Novak Djokovic reforça o estatuto de incontestável favorito à conquista do título do Australian Open e o objetivo de se tornar lá campeão pela décima vez está a menos um passo de se materializar. Ruma pela 15.ª vez à terceira eliminatória em Melbourne e vai medir forças num encontro que promete converter-se em espetáculo com o búlgaro Grigor Dimitrov (28.º), semifinalista do certame de 2017.
