Michael Mmoh (107.º) viveu esta quinta-feira a página mais brilhante de toda a carreira ao tombar o antigo número dois Alexander Zverev (13.º) por 6-7 (1), 6-4, 6-3 e 6-2 e estrear-se na terceira ronda do Australian Open. Mas o cenário esteve à beira de ser outro, não tivesse o norte-americano precisado de salvar um match point depois de ter estado próxima de ser negada a entrada no quadro principal.
Nascido em Riade, o jogador de 25 anos havia sido barrado por Aleksandar Vukic (146.º) na derradeira ronda da fase de qualificação. Já sem muita esperança de ser ‘repescado’, acabou por ganhar uma ‘nova vida’ em prova graças ao infortúnio de David Goffin, que se sentiu indisposto na véspera do seu encontro de estreia.
“Quando se pensa que tudo parece estar escuro, há uma luz ao fundo do túnel e a minha semana é a prova disso”, começou por exprimir o jogador norte-americano após a brilhante vitória desta jornada num bonito discurso deixado ainda em court.
Já com o estatuto de lucky loser nas mãos, Mmoh voltou a estar às portas da eliminação: mas a ventura voltou a cruzar-se com ele e prevaleceu numa tremenda batalha com Laurent Lokoli (175.º) por 4-6, 2-6, 7-6 (7), 6-4 e 6-2, após ter conseguido salvar um match point.
E os planos de regresso a casa até já estavam feitos: “Poderia facilmente estar nos Estados Unidos neste momento. Já estava pronto para ir, tinha feito as malas. O voo já estava comprado e deveria ter regressado ontem de manhã.”
“É claramente a maior vitória da minha carreira. Senti alguns nervos e no final do primeiro set até disse para mim mesmo que nem deveria estar aqui. Mas a última coisa que poderia fazer era não lutar quando tive a chance disso”, reiterou Michael Mmoh, que vai lutar com Jeffrey John Wolf (67.º) por uma inédita presença nos oitavos de final na Austrália.
