Sebastian Korda (31.º) já tinha dado sinais de que poderia dar que falar nesta edição do Australian Open e foi com honras de encerrar a programação masculina desta sexta-feira que se transcendeu para somar uma das mais formidáveis vitórias da carreira. O norte-americano de 22 anos encontrou o antídoto perfeito para negar a Daniil Medvedev (8.º) a aproximação a mais uma final e foi em grande plano que celebrou por 7-6 (7), 6-3 e 7-6 (4).
Com manifesta ambição de se ‘vingar’ da final perdida há duas semanas em Adelaide frente a Novak Djokovic (onde até desperdiçou um match point), o jovem talento da Flórida deu mais um passo de gigante numa campanha com presságios muito positivos e garantiu que, para ele, o céu será o limite em Melbourne.
Ter o finalista vencido das duas últimas edições do outro lado da rede foi um fator que parece ter passado despercebido às aspirações de Korda, que apressadamente pôs os planos em marcha para obter uma desapertada liderança de 4-1. Só que o primeiro parcial estava longe de estar resolvido, Medvedev relembrou que não se pode ter como derrotado, e apenas no tie-break o jogador menos cotado converteu a terceira chance de ouro para passar para a frente do cenário.
As contas foram bem menos atribuladas no set que se seguiu e a Korda bastou segurar a vantagem de uma quebra de serviço conseguida na fase inicial para dilatar o fosso na partida. A meio caminho de consumar o êxito, o jogador de Bradenton ainda foi sacudido pelas tentativas de Medvedev em reverter o panorama. Mas a firmeza nos momentos de maior pressão acionados pelo russo valeu a vitória em três parciais, convertida apenas ao quarto match point.
Com uma exibição para recordar em que cumpriu em pleno a missão de neutralizar a perigosa pancada de serviço do adversário (venceu 42% dos pontos de resposta), Sebastian Korda deixa para trás uma missão que se antevia ainda mais laboriosa e segue o caminho para a primeira presença da carreira nos oitavos de final do Australian Open, onde já tem duelo agendado com o polaco Hubert Hurkacz (11.º), também ele estreante nestas andanças.
