Paul alcança melhor registo em Majors num dia inédito para o ténis norte-americano neste século

Sebastian Korda (31.º) e Ben Shelton (89.º) já haviam garantido a representação norte-americana no lote dos quartos de final do Australian Open e esta segunda-feira a armada foi ainda reforçada. Tommy Paul (35.º) melhorou o registo pessoal em torneios do Grand Slam ao suplantar Roberto Bautista-Agut (25.º) por 6-2, 4-6, 6-2 e 7-5 e transformou o êxito num momento histórico para o ténis masculino dos Estados Unidos da América em torneios do Grand Slam.

Embalado pelo confortável triunfo aplicado ao compatriota Jenson Brooksby (39.º) no passado sábado, Paul iniciou a partida desta manhã com sinais muito positivos e, sendo capaz de se proteger de todas as chances de break, quebrou por duas vezes o serviço de Bautista-Agut para se apoderar da liderança. Mas o jogador de Castellón nada deu por perdido e inverteu o rumo do segundo set para restabelecer a igualdade no marcador.

Só que o de New Jersey foi mais além e reproduziu o plano do parcial de abertura para voltar a passar para o comando do encontro, graças a dois outros breaks que penderam para o seu lado. Bautista-Agut manteve sempre o foco numa cada vez mais certa ida ao quinto e derradeiro set, mas Paul afirmou-se nos momentos finais para evitar trabalhos extra.

A quarta vitória da campanha possibilita que Tommy Paul quebre o anterior melhor registo em Majors vindo da transata edição de Wimbledon e não só aumente para três a composta presença dos norte-americanos na fase final do Australian Open, como também garanta pelo menos um representante nas meias-finais masculinas (do lado feminino, é Jessica Pegula (3.ª) a última resistente).

Tem confronto marcado com o compatriota Ben Shelton (89.º), que está a traçar uma caminhada ainda mais impressionante naquela que é a sua primeira viagem para fora do país em toda a sua vida. A garantia de que três nomes das terras do Tio Sam vão disputar o acesso às ‘meias’ simboliza um momento histórico para os Estados Unidos, que já não tinham tantos representantes masculinos nesta etapa do Australian Open desde a edição de 2000, marcada pelos voos de Pete Sampras, Andre Agassi e Chris Woodruff. Trata-se também do primeiro evento do Grand Slam desde 2005 a contar com três norte-americanos no lote dos últimos oito.

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