Karen Khachanov (20.º) teve esta madrugada a tarefa facilitada em Melbourne Park e a desistência de Sebastian Korda (31.º) trouxe-lhe a vitória antes do esperado, por 7-6 (5), 6-3 e 3-0. O moscovita, que em setembro passado esteve à beira do acesso à final do US Open, está orgulhoso de um regresso a umas meias-finais em torneios do Grand Slam e define a autoconfiança como fator-chave para o sucesso.
Numa primeira abordagem à contenda encurtada pela lesão do adversário, Khachanov lamenta o desenlace e deixa elogios ao norte-americano: “Não era a forma que queria para terminar o encontro. Até um certo ponto tudo foi muito competitivo, foi uma grande batalha. Sebastian bateu um dos meus grandes amigos, Daniil [Medvedev], e foi a cinco sets com Hubert Hurkacz. Está a jogar muito bom ténis e dou-lhe os parabéns por isso.
Novamente a entrar para o restrito grupo dos quatro últimos nomes de um Major, o antigo top 10 vinca que a estratégia está a correr de feição neste seu percurso nos antípodas: “Para ser honesto, sinto-me muito bem. Estou muito feliz com o meu nível e com a forma como compito, olhando para as minhas primeiras meias-finais aqui na Austrália.”
“Penso que me tenha reinventado. Sempre acreditei em mim próprio e quando se alcança um grande resultado isso prova daquilo que és capaz. Assim começa-se a acreditar mais, e mais”, explicou Karen Khachanov, garantindo que a brilhante campanha vivida em Flushing Meadows há quatro meses só lhe trouxe repercussões positivas: “Esta confiança começou a aparecer muito mais depois do US Open. Espero que continue a crescer esta crença e mim próprio, enquanto pessoa e desportista.”
Às portas de um inédito apuramento para a final de uma prova do Grand Slam, o russo de 26 anos pode ter desta feita um resultado mais sorridente (em setembro, falhou o acesso à final frente a Casper Ruud) e é com o vencedor do confronto entre Stefanos Tsitsipas (4.º) e Jiri Lehecka (71.º) que discute a vaga.
