10 finais em Melbourne e dois (ou mais…) recordes na mira de Djokovic

Um ano depois de ter sido deportado, Novak Djokovic regressou à Austrália com uma missão. O tenista sérvio aqueceu os motores em Adelaide, onde conquistou o primeiro título da época com contornos épicos, e chegou a Melbourne para o ato final, que ficou à distância de uma vitória graças ao triunfo desta sexta-feira nas meias-finais.

Aos 35 anos, Djokovic estendeu o pleno em meias-finais e apurou-se pela 10.ª vez na carreira para a final do Australian Open.

Ninguém entre homens e mulheres tem mais do que ele na Era Open e o registo de mais finais de singulares masculinos em torneios do Grand Slam já era dele — passou a 33, mais duas do que o já retirado Roger Federer e mais três do que o ainda em atividade Rafael Nadal, a par deles os únicos homens da história a participarem em pelo menos três dezenas de decisões a este nível.

Agora, o que Djokovic persegue é o recorde absoluto: na Austrália jogará a referida 33.ª final da carreira em torneios do Grand Slam, a apenas uma de igualar o registo máximo da norte-americana Chris Evert, que participou em 34.

Mas há um registo ainda mais especial na mira do tenista de Belgrado: nada mais, nada menos do que o recorde de títulos em torneios do Grand Slam que Rafael Nadal detém (22) e que pode ser igualado com uma vitória contra Stefanos Tsitsipas na final de domingo.

Se o fizer, Djokovic ficará com o mesmo registo do espanhol, um ano e meio depois de ter igualado pela primeira vez o espanhol e, na altura, também Federer — depois de vencer Wimbledon 2021, cada um dos “Big Three” detinha 20 títulos do Grand Slam.

Alcançada essa missão, será impossível não olhar para Novak Djokovic — um homem que já por diversas vezes admitiu olhar para os números como motivação para continuar — como um homem na missão absoluta, a única que lhe pode faltar alcançar. E que Serena Williams falhou ao perder as quatro finais que alcançou depois de ser mãe.

O único registo que ficará por alcançar será o de recorde absoluto de títulos de singulares em torneios do Grand Slam, independentemente da discussão envolver homens ou mulheres, Era Open ou não.

Se sair do Australian Open com mais um título, Djokovic igualará não só Nadal, como a alemã Steffi Graf com 22 títulos. E a partir daí só terá à sua frente (fazendo a ressalva de que o espanhol continua em atividade e também ele poderá lutar por este pedaço de história…) precisamente Williams, com 23 títulos, e Margaret Court, a australiana que ao longo da carreira ergueu 24 troféus de campeã.

Se for feita história, cá estaremos para a contar.

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