Pedro Sousa “vintage” ainda não quer pensar no título

Sara Falcão/FPT

OEIRASPedro Sousa já superou dois obstáculos no Oeiras Open 125 e mais do que isso fê-lo com exibições muito convincentes, mas descartou rapidamente conversas sobre um eventual título quando foi questionado sobre a possibilidade de sair do Jamor com uma das melhores semanas da carreira. Bem-disposto, sereno e com a reforma à vista, o lisboeta de 34 anos quer, acima de tudo, aproveitar o momento. E o que vier virá.

“Não sou burro. Estar a querer discutir títulos desta dimensão com jogadores que estão muito mais rodados e com muito mais consistência a este nível do que eu seria falta de noção da minha parte”, respondeu depois de afastar o francês Alexandre Muller (97.º) na tarde desta quinta-feira.

Tão consciente disso quanto do que pode fazer assim que pega numa raqueta — “sei que posso ganhar a qualquer um aqui, mas ter a consistência para o fazer cinco vezes numa semana é mais complicado” — preferiu relativizar e encarar com calma o resto da semana: “Não vale a pena estar a pensar no título quando ainda vamos nos quartos de final.”

Mas também deixou escapar (logo no início e não apenas sobre o que fez de bom) uma expressão que resume na perfeição o ténis apresentado por estes dias no Jamor: “Pedro Sousa vintage” ou não tivesse ele sido quebrado por duas vezes quando serviu para vencer o encontro frente ao gaulês num dia em que ‘disparou’ winners de todos os metros quadrados do Court Central do Jamor.

Na sexta-feira, o terceiro passo rumo à missão-não-impossível terá de ser dado contra um jogador que logo no arranque do quadro principal estragou a festa lusa e que, por sinal, Pedro Sousa derrotou nas últimas três vezes em que se defrontaram: o canadiano Steven Diez, número 269 mundial que foi responsável pela eliminação de João Sousa na ronda inaugural.

“Já jogamos bastantes vezes e ele faz parte da minha equipa [de interclubes] em Espanha. Não há grandes segredos, por isso espero continuar a jogar bem e vamos ver no que é que dá”, disse com a descontração que o caracteriza — e que é a mesma que faz dele uma ameaça em todas e quaisquer circunstâncias.

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