Portugal termina o Mundial de Ténis em Cadeira de Rodas no 15.º lugar

Sara Falcão/FPT

VILAMOURA — A seleção nacional portuguesa concluiu no 15.º lugar a participação no BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas que a Federação Portuguesa de Ténis e a Premier Sports organizaram na Vilamoura Tennis & Padel Academy. Depois de dois títulos para os Países Baixos no sábado, o último dia do torneio coroou a Grã-Bretanha como campeã das categorias masculina e júnior.

No derradeiro confronto da campanha, Portugal não conseguiu superar a seleção de Marrocos e perdeu por 2-0, um resultado que deixou a equipa liderada por Joaquim Nunes na 15.ª posição da classificação geral.

O primeiro tenista português a ir a jogo foi Carlos Leitão, atual 201.º classificado no ranking mundial e oito vezes campeão nacional, que não foi capaz de surpreender Said Himam (147.º e ex-78.º) e perdeu por 6-2 e 6-1.

No segundo encontro de singulares, o atual campeão nacional, João Couceiro (191.º), que dois dias antes conquistara a primeira vitória de Portugal numa fase final do Campeonato do Mundo ao igualar a eliminatória com o Chile, cedeu pelos parciais de 6-1 e 6-2 perante Fouad Boughnim (119.º).

Depois de perder com os Países Baixos (3-0), o Sri Lanka (3-0), os Estados Unidos da América (3-0) e o Chile (2-1), Portugal encerrou a campanha com uma derrota perante Marrocos (2-0) e ficou no último lugar da classificação geral masculina.

“Esta prova tem um quociente de dificuldade elevado e os nossos jogadores ainda não estão neste nível, por isso sentimos sempre dificuldades. Isso sentiu-se sobretudo na fase de grupos, em que enfrentámos países que já foram campeões do mundo. Nesta fase de play-off para as últimas posições já podíamos ter feito um pouco melhor, até porque contra o Chile lutámos pela vitória na eliminatória”, analisou Joaquim Nunes.

De olhos postos no futuro, o selecionador nacional salientou “a importância de ganhar regularidade” tanto em termos competitivos, quanto de rotinas e acrescentou o objetivo de “recrutar mais atletas para a modalidade”.

Na competição masculina o título acabou por sorrir à Grã-Bretanha, que interrompeu o reinado de dois anos dos Países Baixos e impediu o país de igualar o recorde de títulos (nove) dos Estados Unidos da América.

Se há um ano viajaram para Portugal sem uma das suas grandes figuras, em 2023 os britânicos vieram até Vilamoura na máxima força e aproveitaram o consórcio formado por Alfie Hewett (atual número um mundial) e Gordon Reid (nono classificado e ex-líder) para destronarem os bicampeões.

Ausente em 2022 por lesão, Reid foi o autor do primeiro triunfo da final ao passar por Tom Egberink (10.º) com 6-2 e 6-4. Depois, coube a Hewett conquistar o ponto decisivo graças a um triunfo por 7-5 e 6-2 contra Ruben Spaargaren (5.º).

Composta por vitórias contra a Polónia, o Brasil, o Chile, a Espanha e os Países Baixos, a campanha da Grã-Bretanha resultou na conquista de um sexto título — primeiro desde 2019. E não só impediu os neerlandeses de alcançarem o recorde, como de fazerem a festa pela terceira vez num fim de semana que começaram com a conquista dos títulos feminino e quad.

Horas depois, os britânicos alcançaram mesmo o segundo título desta edição ao levarem a melhor no par decisivo que decidiu a final de juniores contra os Estados Unidos da América.

Tomas Majetic até colocou os norte-americanos a vencer ao superar Ruben Harris por claros 6-1 e 6-1 em 65 minutos, mas a vitória de Joshua Johns (atual número dois mundial de sub 18) pelos parciais de 5-7, 6-1 e 6-4 contra Cooper Williams adiou a decisão para o par. Nesse encontro acabaram por impor-se Harris e Johns, que fizeram a festa final ao vencerem Cooper e Majetic por 7-5 e 7-6(2) para resolverem a última decisão de 2023.

Com a organização a cabo da Federação Portuguesa de Ténis e da Premier Sports na Vilamoura Tennis & Padel Academy, esta foi a primeira vez desde 1991 em que o BNP Paribas World Team Cup — Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas aconteceuduas vezes consecutivas no mesmo país.

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