Na noite em que prolongou a estadia em Roma, Nuno Borges (88.º classificado no ranking ATP) foi obrigado a cancelar a viagem até Bordéus para disputar um torneio Challenger na próxima semana precisamente por causa da campanha que ficou ‘pendurada’ no ATP Masters 1000 italiano.
Dois dias depois de ter celebrado a primeira vitória da carreira em quadros principais de torneios desta dimensão, o melhor tenista português da atualidade perdia por 6-3 e 4-3 com um break frente a Stefanos Tsitsipas quando a chuva interrompeu definitivamente a jornada de sábado no Foro Italico.
Em caso de derrota no sábado, Borges teria ficado livre para fazer a viagem até Bordéus a tempo de participar em mais um dos novos Challenger 175, que foram criados precisamente para colmatar o espaço em branco deixado pela extensão dos ATP Masters 1000 de Madrid e Roma — que passaram a ocupar duas semanas do calendário.
Mas como a conclusão do duelo foi adiada para lá das 21 horas de sábado (o deadline para se manter na lista de inscritos), o maiato de 26 anos foi automaticamente retirado da lista de Bordéus pela ATP .
Assim, restam a Borges dois cenários: ou opera a reviravolta e prolonga a campanha no maior torneio italiano, ou é eliminado na segunda ronda e perde uma semana de competição devido aos novos regulamentos do circuito, que foram adaptados no início da temporada e não contemplam a possibilidade de se verificarem atrasos de um dia, como o desta semana em Roma, devido à chuva.
O número um nacional não está inscrito em nenhum torneio na semana que antecede Roland-Garros, pelo que a única solução para evitar chegar ao torneio do Grand Slam francês sem competir durante duas semanas será viajar até Lyon ou Genebra e assinar para jogar o qualifying de um desses torneios ATP que começam no próximo fim de semana.
