João Domingues abatido: “É sempre frustrante quando as coisas não correm bem”

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Um primeiro parcial positivo parecia aproximar João Domingues (460.º) do trilho vitorioso, mas tudo não passou de uma ilusão. O português ainda ameaçou um novo break no arranque do segundo capítulo diante de Nino Serdarusic (305.º), mas um colapso anímico impediu-o de ir mais longe e impôs-se a derrota por 4-6, 6-0 e 6-2.

Visivelmente transtornado por não ter transportado para os sets seguintes o bom nível apresentado na fase inicial, começou por destacar em conferência de imprensa que não atravessa um momento animador: “Não está a ser fácil, faltou manter o nível do primeiro set. Ainda entrei bem no segundo set, tive ponto de break, mas não consegui concretizar e depois fui por aí abaixo, mentalmente saí do jogo. Ele soltou-se e eu não tive força para continuar a jogar com bom nível tenístico e mental.”

Enfraquecido mentalmente para fazer frente aos desafios dentro de court, Domingues não tem dúvidas de que o nível está lá e os obstáculos ultrapassam isso: “No momento em que me encontro, comecei a pensar em coisas que se passaram anteriormente, vêm-me uns flashes e nem sempre é fácil.”

Com uma deslocação agendada a Escópia na próxima semana, é num discurso envolto em incertezas que aborda o futuro: “Não sei se pare duas ou três semanas, se deixo de pensar no ténis ou se continuo. Estou inscrito na próxima semana na Macedónia mas não sei se vou. Não sei se jogo Futures ou se entro no qualifying de Challengers, não sei o que vou fazer.”

“O objetivo é voltar a jogar bom ténis, ter resultados e desfrutar daquilo que faço. Tem sido muito difícil, estou a passar por um momento que nunca passei na minha carreira. Tenho de arranjar forma de ultrapassar esta fase de falta de confiança, porque fisicamente já estou bem”, focalizou o jogador de Oliveira de Azeméis, que há um ano conquistara um título Challenger em Salvador, no Brasil.

“O primeiro set foi ao nível que eu tenho de jogar, senti que estava a servir bem, conseguia impor o meu jogo. Mas depois do primeiro jogo do segundo set comecei a ficar mais tenso e apático, e isso influencia-me mentalmente”, realçou na sala de conferências de imprensa.

“É sempre frustrante quando as coisas não correm bem, mentalmente não fui capaz de manter o nível”, lamentou o português, que ainda regressa esta quarta-feira à ação ao lado de Frederico Silva, na variante de pares do Oeiras Open 4.

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