Rinderknech defende o público: “Foi parecido ao que vivi na Austrália e sou a favor destes ambientes à futebol”

PARISArthur Rinderknech entrou em campo com a responsabilidade de ser o último tenista francês em prova nos quadros principais de singulares de Roland-Garros e esteve perto de levar o encontro com Taylor Fritz a um quinto set, mas acabou derrotado ainda em quatro partidas num frente a frente que terminou com uma assobiadela monumental para o norte-americano por este ter mandado calar o público que deixou o Court Suzanne-Lenglen ao rubro. No final, o homem ‘da casa’ defendeu os compatriotas e disse ser a favor de ambientes como os que viveu.

“Foi muito bom jogar um encontro como este com o público francês a apoiar-me. Apesar de não a ter experienciado, imagino que tenha sido semelhante ao ambiente da antiga Taça Davis e faz-me querer trabalhar ainda mais para voltar mais forte e conseguir ganhar”, explicou o número 78 mundial após a derrota por 2-6, 6-4, 6-3 e 6-4 perante o oitavo classificado do ranking.

“Sou a favor de termos este ambiente à futebol. Foi semelhante ao que senti na Austrália quando defrontei o [Alexei] Popyrin, se bem que desta vez estavam mais pessoas no Court Suzanne-Lenglen porque o campo de lá era mais pequeno. Mas os australianos estavam muito mais bêbados do que os franceses”, acrescentou Rinderknech a propósito do ambiente vivido.

Apesar de ter adorado ser apoiado pelos compatriotas, o francês — que na ronda anterior protagonizara o papel de patinho feio ao viver, no mesmo campo, um ambiente quase hostil contra Richard Gasquet, claro favorito das bancadas — reconheceu ter ficado um pouco surpreendido: “Estava à espera de ter um bom ambiente porque houve algumas coisas que se juntaram, desde o encontro interminável entre o Sinner e o Altmaier ao facto de o Gael [Monfils] infelizmente não jogar. Queria dar-lhes um quinto set e estive muito, muito perto, mas não consegui. Foi divertido. Não me esqueço de que há seis semanas estava a falar com o meu médico para ponderar ser operado porque não conseguia andar 10 metros para a direita ou para a esquerda.”

Quando questionado sobre se o ambiente poderá ter sido injusto para Fritz, o adversário que depois de resistir durante todo o duelo mandou calar o público assim que converteu o match point, Arthur Rinderknech recordou a experiência que viveu no circuito universitário dos EUA: “Fiz parte da minha carreira lá, onde há encontros muito quentes em que o público até interage durante os pontos. Deixo para vocês decidirem se o público tinha o direito de gritar durante os pontos, mas entre pontos sou a favor porque torna o desporto muito melhor.”

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