Bia Haddad Maia sobrevive ao encontro mais longo do ano e estreia-se em quartos de final de torneios do Grand Slam

Dois dias depois de ter anulado três match points, a brasileira Beatriz Haddad Maia voltou a resistir a uma batalha dramática em Roland-Garros e, desta vez, venceu o encontro mais longo do ano para, ao cabo de 3h51, carimbar pela primeira vez o apuramento para os quartos de final de um torneio do Grand Slam.

A número 14 mundial precisou de sofrer, mas resistiu a um braço de ferro com a espanhola Sara Sorribes Tormo (132.ª que beneficiara da desistência de Elena Rybakina para chegar à quarta ronda) graças aos parciais de 6-7(3), 6-3 e 7-5 em mais um duelo que podia ter resolvido mais cedo.

Ao longo do encontro verificaram-se nada mais, nada menos do que 16 (!) quebras de serviço, com a tenista brasileira a ser recompensada pela maior agressividade que é atestada pelos 65 winners, tantos quanto os erros não forçados que cometeu num dia em que, tal como no duelo anterior, teve várias hipóteses de ir para o balneário mais cedo (serviu para fechar o primeiro set a 5-2, 5-4 e 6-5, mas acabou por perder o tie-break).

O encontro entre Haddad Maia e Sorribes Tormo tornou-se no terceiro encontro de singulares femininos mais longos da história de Roland-Garros, a quatro minutos de igualar o duelo entre Kerry Melville e Pam Teeguarden em 1972 e a 16 minutos de terminar com a mesma duração da batalha recordista de 4h07 entre Noémie Buisson e Noelle Van Lottum em 1995. E também no mais longo desta época, superando as 3h41 de que Anhelina Kalinina precisara em Roma para derrotar… Beatriz Haddad Maia.

Mais do que isso, a vitória desta segunda-feira voltou a significar uma página de história para o Brasil: Beatriz Haddad Maia, que antes de Roland-Garros nunca tinha sequer alcançado a terceira ronda de um torneio do Grand Slam, tornou-se na segunda mulher brasileira da história da Era Open (1968) a chegar tão longe num Major e primeira precisamente desde esse ano, quando Maria Esther Bueno o fez em Roland-Garros, em Wimbledon e no US Open.

Para continuar a fazer história, a jogadora de São Paulo terá de vingar a derrota recente, num encontro de sentido único (6-3 e 6-0 em Estugarda), para a tunisina Ons Jabeur, a primeira vencedora do dia que também fez história ao alcançar pela primeira vez os quartos de final em Paris.

Última atualização às 14h14.

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