Etcheverry usou ranking de Djokovic como motivação, chamou Roland-Garros ao cão e agora está nos quartos de final

Quando Tomas Martin Etcheverry conquistou o primeiro ponto ATP da carreira, em novembro de 2016, recorreu às redes sociais para publicar uma fotografia em que, para além do seu nome, incluída o de Novak Djokovic e os 12.900 pontos que então faziam do sérvio número um mundial. Sete anos depois, o jovem argentino está a atravessar a melhor fase da carreira e esta segunda-feira apurou-se para os quartos de final de Roland-Garros, o seu torneio preferido — ao ponto de ter sido este o nome que deu ao cão que adotou quando tinha 10 anos.

O tenista de La Plata entrou pela primeira vez no top 100 em abril de 2022 e desde aí tudo tem acontecido num ápice, pois um ano depois já estava a quebrar a barreira do top 60 como resultado das duas primeiras finais em torneios ATP — primeiro em Santiago, depois em Houston, ambas em terra batida. Agora no top 50, juntou à inédita vitória no quadro principal do Australian Open outras quatro em Paris que o deixam no 31.º lugar do ranking virtual.

E ainda não perdeu qualquer set: Etcheverry começou a campanha na cidade luz a beneficiar da desistência do britânico Jack Draper quando já liderava por 6-4 e 1-0. Depois, seguiram-se três triunfos consecutivos sobre adversários melhor classificados: 6-3, 7-6(2) e 6-3 frente a Alex de Minaur (18.º cabeça de série), 6-3, 7-6(5) e 6-2 perante Borna Coric (15.º) e ainda 7-6(8), 6-0 e 6-1 contra um desgastado Yoshihito Nishioka (27.º) esta segunda-feira.

A realizar sonhos atrás de sonhos dia após dia, o jovem de 23 anos era um dos dois argentinos apurados para a segunda semana de Roland-Garros. Com a derrota de Francisco Cerúndolo no tie-break até aos 10 pontos do quinto set perante Holger Rune, umas horas antes, passou a ser o único.

Num torneio onde em 2004 Gaston Gaudio, Guillermo Coria e David Nalbandian ocuparam três das quatro vagas nas meias-finais, agora é ele, este argentino recém-surgido, o último homem a carregar as esperanças de uma pátria. De forma totalmente inesperada e, como o próprio admite, sem qualquer pressão.

Segue-se Alexander Zverev, que ‘despachou’ Grigor Dimitrov por 6-1, 6-4 e 6-3.

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