Djokovic: “Não quero dizer que sou o melhor, seria desrespeitoso para os que trilharam caminho”

Novak Djokovic deu um passo de gigante na discussão relativa ao melhor tenista de todos os tempos, mas quer deixar essa categorização para outros porque fazê-lo seria “uma falta de respeito” para todos os que trilharam caminho até ter a oportunidade de tornar-se no primeiro homem da história a vencer 23 torneios do Grand Slam em singulares.

A declaração foi feita este domingo, após derrotar Casper Ruud por 7-6(1), 6-3 e 7-5 na final de Roland-Garros: “Obrigado por me considerar o melhor de sempre”, respondeu ao jornalista que lhe colocou a questão. “Mas não quero dizer isso. Seria desrespeitoso para todos os campeões de eras diferentes do nosso desporto, em alturas em que o ténis era jogado de forma totalmente diferente. Todos eles deixaram o seu legado para que hoje possamos estar onde estamos e deixo as discussões sobre o melhor de sempre para vocês.”

No entanto, o sérvio de 36 anos não desvalorizou a conquista e reconheceu que o triunfo deste domingo foi um dos mais importantes da carreira: “Sabia que havia história em jogo quer no encontro, quer no torneio. Tentei preparar-me para esta final como para qualquer outro encontro, mas estaria a mentir se dissesse que não senti um pouco o momento ou que não pensei na linha da meta que estava tão próxima para cumprir um objetivo tão importante.”

“Quando se fala da história do ténis, as pessoas falam dos títulos em torneios do Grand Slam e do tempo que se passa na liderança do ranking. E eu bati esses dois recordes”, acrescentou Djokovic sobre os dois números — 23 troféus e 378 semanas — que atingiu nos últimos meses.

De forma inevitável, Novak Djokovic também abordou os nomes de Rafael Nadal e Roger Federer, os maiores rivais cujos feitos passou a carreira a perseguir e, agora, a ultrapassar: “Sempre me comparei com eles porque eles definiram a minha carreira e quem sou enquanto jogador. Fizeram de mim muito melhor jogador porque passei inúmeras horas a analisar e a pensar como poderia derrotá-los nos grandes palcos. Estiveram na minha cabeça durante muito tempo e agora é incrível poder estar à frente deles em títulos do Grand Slam. Mas eles também bateram muitos recordes e escreveram a sua história.”

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