Depois de passar por Portugal, Djokovic inicia ataque a mais história com vitória segura em Wimbledon

Quase um mês depois de ter feito história ao tornar-se pela primeira vez no recordista de títulos masculinos em torneios do Grand Slam, o sérvio Novak Djokovic regressou à competição com uma vitória convincente que o apurou para a segunda ronda de Wimbledon. Em Londres, o número dois mundial procura fazer história mais uma vez — e parte como o grande favorito.

Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon

Sem disputar qualquer evento de preparação para o terceiro ‘Major’ da temporada, uma decisão que já tomara em anos anteriores, Djokovic exibiu-se pela primeira vez desde que voltou a erguer o troféu de campeão em Roland-Garros. E o resultado foi uma vitória por 6-3, 6-3 e 7-6(4) contra Pedro Cachin.

Se para o sérvio se tratou do 128.º encontro oficial na relva, para o argentino foi apenas o segundo ao mais alto nível nesta superfície. E os números refletiram-se no duelo que inaugurou a ação no Centre Court, onde o domínio de Djokovic foi uma constante e nem o tie-break da terceira partida — onde cometeu uma dupla falta que colocou um ponto final na impressionante série de tie-breaks sem erros não forçados em torneios do Grand Slam que se prolongava desde a final do Australian Open — constituiu dificuldades de maior para o grande candidato do quadro masculino.

Com apenas 19 erros não forçados cometidos ao longo dos três sets que disputou, Djokovic apontou impressionantes 45 winners (13 deles com o serviço) num encontro em que só colocou 63% das primeiras bolas — um dos poucos sinais da falta de rodagem no último mês, em que optou por não competir e que incluiu uma semana de férias nos Açores na ressaca da história feita em Paris.

Mais do que o encontro, ao fim e ao cabo próximo de um proforma para o sérvio, deu que falar a insólita interrupção de quase uma hora e meia por causa da chuva num court que possui… uma cobertura amovível. Bem disposto, Djokovic encarou a situação com sorrisos e vários gestos curiosos que incluíram a secagem da relva quando os que o rodeavam nada faziam para acelerarem a retoma da ação no palco mais importante do torneio.

Quando assim é e um acontecimento peculiar, mas inofensivo como este ganha tanto destaque, só pode ser sinal de que o que aconteceu em court, durante o encontro, nada teve de surpreendente.

Mas ainda assim houve história envolvida: éque a vitória desta segunda-feira foi a 40.ª consecutiva de Novak Djokovic no Centre Court e a 29.ª consecutiva na relva e em Wimbledon, onde procura um quinto título consecutivo e, ainda mais importante, o oitavo da carreira. Se o alcançar, igualará o recorde de títulos de Roger Federer no All England Club.

O primeiro passo está dado. Segue-se, em teoria, um adversário mais perigoso do que o do encontro inaugural: Jordan Thompson, que depois das dificuldades iniciais deu a volta ao norte-americano Brandon Nakashima para vencer por 2-6, 2-6, 6-4, 7-6(4) e 6-3.

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