Matteo Berrettini é um dos jogadores mais perigosos da atualidade na relva e só a falta de competição nos últimos meses levantava dúvidas em relação às suas hipóteses em Wimbledon, mas a exibição desta sexta-feira afastou-as e o italiano, ex-finalista, reservou um lugar na terceira ronda ao afastar o 15.º cabeça de série, Alex de Minaur.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Forçado a trabalhos extra pelo compatriota Lorenzo Sonego na ronda anterior, o atual número três italiano e 38.º do ranking (mas que já foi sexto) subiu muito o nível — já o tinha feito na véspera para fechar uma partida que tinha sido suspensa pela chuva depois de perder o primeiro set — e derrotou o australiano por 6-3, 6-4 e 6-4.
Berrettini pecou pela fraca colocação de primeiros serviços (apenas 64%), mas nos restantes capítulos roçou a perfeição: não só anulou os três pontos de break que converteu, como colocou constantemente pressão nos jogos de serviço de De Minaur, que antes de chegar a Wimbledon alcançou um excelente resultado em Londres ao ser finalista do ATP 500 do Queen’s Club, e ganhou mais de um terço dos seus pontos (105) com winners (38).
Com o poder de fogo de que dispõe a receber, finalmente, a forma que lhe faltou nos últimos três meses por causa de problemas físicos (parou e competir a meio de abril e só voltou com uma derrota crítica que o levou às lágrimas em Estugarda), Matteo Berrettini será um dos jogadores a ter em conta daqui para a frente.
E na próxima ronda poderá ter pela frente mais um duelo de luxo caso Alexander Zverev (atualmente no 21.º lugar) confirme o favoritismo contra o japonês Yosuke Watanuki (116.º).
