Entre a espada e a parede no duelo da primeira ronda, a ucraniana Marta Kostyuk encontrou o caminho para a vitória e dois dias depois voltou a sorrir no All England Club ao carimbar pela primeira vez na carreira o apuramento para a terceira ronda de Wimbledon — o único torneio do Grand Slam onde ainda não tinha chegado a esta fase.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Num duelo entre duas jogadoras que já foram melhores amigas, a atual número 36 do ranking mundial estava a dominar por completo o encontro com Paula Badosa (ex-número dois e atual 35.ª) e já liderava por 6-2 e 1-0 quando a espanhola desistiu.
Lesionada nas costas, Badosa apressou a recuperação para tentar competir em Wimbledon depois de ter falhado o Australian Open e Roland-Garros, mas apesar de ter conseguido superar categoricamente a primeira ronda não resistiu às dores na jornada desta sexta-feira.
Em claras dificuldades físicas desde o início, a espanhola nascida em Nova Iorque foi quebrada em três ocasiões durante uma partida inaugural que até podia ter terminado com um ‘pneu’ tal foi o domínio de Kostyuk. Mais fresca, mais paciente e mais assertiva, a ucraniana só esteve mal no primeiro jogo de serviço do encontro, que perdeu por culpa própria e com demasiada frustração. Depois, controlou as emoções e passou a controlar um duelo contra uma adversária que em tempos foi a sua melhor amiga no circuito.
Com a vitória desta sexta-feira, Marta Kostyuk apurou-se pela primeira vez para a terceira ronda de Wimbledon, que era o único ‘Major’ onde ainda não tinha chegado até esta fase (em Roland-Garros até já figurou na quarta eliminatória).
A próxima adversária da ucraniana de 21 anos, que na primeira ronda perdeu os primeiros sete jogos (!) antes de dar a volta para celebrar a primeira vitória sobre uma top 10 contra Maria Sakkari, sairá do encontro entre a norte-americana Madison Keys (18.ª) e a qualifier suíça Viktorija Golubic (139.ª).
