Tsitsipas regressa melhor depois do recolher obrigatório e congela Wimbledon com vitória sobre Murray

O recolher obrigatório imposto pelo bairro em que acontece o torneio de Wimbledon deu-se quando Andy Murray tinha acabado de agarrar uma liderança de dois sets a um depois de perder o primeiro, o que deixou Stefanos Tsitsipas entre a espada e a parede para no regresso ao Centre Court esta sexta-feira. Mas o grego reagiu bem à espera e, sob condições totalmente distintas (a cobertura aberta e um calor sem precedentes esta semana), replicou a recuperação do britânico para assinar a melhor vitória da carreira na relva e inscrever o nome na terceira ronda.

Apesar do longo período de espera entre a interrupção às 23 horas de quinta-feira e o regresso às 16h30 de sexta-feira, o nível elevado da véspera replicou-se e foi de forma milimétrica que Tsitsipas conseguiu protagonizar o papel de vilão e derrotar Murray pelos parciais de 7-6(3), 6-7(2), 4-6, 7-6(3) e 6-4.

O encontro só terminou ao cabo de 4h43 e foi um festival de winners do início ao fim.

Combinados, Tsitsipas (89) e Murray (54) ‘dispararam’ um total de 153 pontos ganhantes. De várias formas e feitios, explorando todos os milímetros do campo e com especial atenção à rede, essa secção tão fundamental na relva, mas que nas últimas duas décadas foi praticamente ignorada pela maioria dos jogadores.

Apesar de ser um verdadeiro especialista na relva e de já ter ganho Wimbledon por duas vezes, Murray (40/51 na rede) foi superado em frequência nesse capítulo por Tsitsipas (48/70), que com a lição bem estudada e a pancada de esquerda surpreendentemente regular quer na quinta, quer na sexta-feira reuniu argumentos suficientes para construir o melhor triunfo da carreira neste piso.

Depois de ter superado Dominic Thiem em cinco partidas (e no tie-break) na primeira ronda, o tenista de Atenas fez o mesmo a Andy Murray para inscrever o nome na terceira ronda, a fase onde há um ano foi derrotado por Nick Kyrgios num duelo eletrizante… e polémico.

Desta vez, o adversário que separa Tsitsipas da quarta ronda — a que só chegou por uma ocasião, em 2018 — é Laslo Djere. O tenista sérvio (60.º classificado no ranking) desbravou caminho como nunca no All England Club ao surpreender dois norte-americanos com mais características para serem bem-sucedidos na relva: primeiro Maxime Cressy, depois Ben Shelton, em ambos os casos com quatro sets depois de perder o primeiro.

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