Beatriz Haddad Maia roça a perfeição, escapa à chuva e estreia-se na quarta ronda de Wimbledon

A melhor exibição do ano na relva chegou na melhor altura e a brasileira Beatriz Haddad Maia (13.ª classificada na hierarquia mundial) carimbou este sábado o inédito apuramento para a quarta ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon literalmente segundos antes de a chuva ter interrompido a jornada deste sábado nos courts exteriores.

Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon

Após duas vitórias sofridas nas rondas anteriores, em que precisou de três partidas para dar a volta a Yulia Putintseva e Jaqueline Cristian, a melhor tenista brasileira da atualidade derrotou a romena Sorana Cirstea (37.ª WTA) por claros 6-2 e 6-2 em 1h32.

Se nas semanas antes de chegar a Wimbledon falhou as defesas dos títulos em Nottingham e Birmingham por causa de dores no joelho direito, este sábado não houve quaisquer sinais de problemas físicos em Haddad Maia.

A jogadora de São Paulo entrou confiante, agressiva e desde cedo ditou a tónica do encontro perante uma adversária que desesperou ao ver falhadas as tentativas de lhe causar dificuldades na pancada de esquerda. Os 30 erros não forçados derivados da frustração que Cirstea não conseguiu esconder foram, aliás, parte importante do sucesso de Haddad Maia, que do seu lado se ficou por um terço desse valor para construir uma vitória segura e muito autoritária.

Se até Roland-Garros nunca tinha conseguido passar da segunda ronda num torneio do Grand Slam, a campanha que a levou até às meias-finais em Paris desbravou novos caminhos para Beatriz Haddad Maia. Agora, a número 13 mundial está pela primeira vez na quarta ronda de Wimbledon, um resultado que a deixa à espera da vencedora do encontro entre Katie Boulter (a última britância em prova nos quadros de singulares) e Elena Rybakina, campeã em título.

Esta é a primeira ocasião desde 1976 (Maria Esther Bueno) que uma mulher brasileira chega à quarta ronda de singulares em Wimbledon. O último representante do Brasil a fazê-lo tinha sido André Sá, quando alcançou os quartos de final masculinos em 2002.

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